O Banco de Portugal divulgou as taxas de juro de novas operações relativas a depósitos a a crédito concedido bem como os volume de depósitos constituídos e crédito concedido. A nota global é: juros descem mas depósitos aumentam.
Juros descem mas depósitos aumentam
Quanto às taxas de juro de novas operações de depósitos relativas a fevereiro de 2016, constatou-se que se atingiram novos mínimos históricos. Em concreto, a média das taxas de juro de novas operações de depósitos de sociedades não financeiras desceu 13 pontos base num mês fixando-se nos 0,18%. Quantos aos depósitos de particulares, a descida foi menos intensa (6 pontos base). Neste caso, a taxa de juro médio foi de 0,43%, o que se traduz numa taxa líquida (após IRS) de 0,31% um valor que fica abaixo dos 0,4% de taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor.
Apesar da descida registada, o Banco de Portugal apurou que:
“(…) os depósitos de particulares junto dos bancos residentes aumentaram, em fevereiro, 291 milhões de euros, totalizando 138,6 mil milhões de euros no final do mês. Este aumento refletiu-se numa tva de 4,8%, a mais elevada desde julho de 2012, prosseguindo a tendência de crescimento que se observa desde o primeiro trimestre de 2015”
Quanto as taxas de juro de novas operações de empréstimos, a taxa de juro média para crédito concedido a sociedades não financeiras desceu 14 pontos base, fixando-se nos 3,45%. Em relação aos particulares, registou-se uma quase estagnação da taxa média quando o destino foi financiar habitação (2,05% em fevereiro e 2,05% em janeiro) e uma descida da taxa de juro média no crédito ao consumo de 9 pontos base, tendo-se fixado nos 7,66%: a um novo mínimo histórico.
Em termos de volumes, fevereiro revelou uma contração do crédito concedido quer junto de sociedades não financeiras, quer junto de particulares (em -2,6% e -2,4% respetivamente).