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Bancos com melhores depósitos a prazo

Algum depósito a prazo oferece retorno positivo em finais de 2018?

Algum depósito a prazo oferece retorno positivo? A taxa de inflação medida pela variação média anual está a “comer” 1,2% ao ano, ou seja, nenhum depósito que pague menos do que 1,67% de TANB (para considerar já a fatia que é levada pelo IRS) garantirá a manutenção do poder de compra associado ao capital poupado no depósito.

Por outro lado, nos meses mais recentes, a própria taxa de inflação está a acelerar a subida. Em setembro de 2018, os preços subiram 1,4% face a setembro de 2017 (acima dos 1,2% de média anual) pelo que a tendência será a de que, a menos que as taxas de juro dos depósitos comecem a recuperar (o que não se adivinha para já) haverá cada vez menos depósitos capazes de garantir um retorno positivo.

 

Vale a pena aforrar em depósitos a prazo?

Depende. Se o investidor/aforrador está determinado em ter um retorno acima da inflação para conseguir aumentar o seu poder de compra, de facto, os depósitos estão “fora de moda”, mas é preciso ter em conta que o desejo de mais retorno costuma implicar correr maiores riscos. E aí, estamos perante um lema que tanto é válido para o cenário em que o depósito pagou menos que a inflação, como aquele em que simplesmente pagam menos do que o investidor quer ganhar. Ou seja, depende sempre de quanto é que se quer tentar ganhar e, necessariamente arriscar.

Mas suponhamos que o aforrador costuma preferir os depósitos porque é avesso ao risco ou porque quer manter “aquela parte” da sua poupança aplicada em ativos menos arriscados.

Nesse caso a resposta à pergunta implicará olhar para as alternativas. Há uma alternativa que é necessariamente pouco interessante: ter o dinheiro debaixo do colchão. Aí a perda do poder de compra é total, no sentido em que enfrentar o poder total da taxa de inflação. Ou seja, o depósito a prazo, pode mitigar de forma significativa essa erosão monetária. Não ganha grande coisa ou mesmo nada mas também não fica a perder ou perde muito menos poder de compra do que se tiver o dinheiro na conta à ordem ou, literalmente, debaixo do colchão.

Outra alternativa é considerar os títulos de dívida pública como os certificados de aforro, do tesouro ou as OTRV. Todos garantem o capital no final do prazo e um retorno maior que zero, sendo que dependendo do prazo do investimento poderão ser ou não mais interessantes do que os depósitos a prazo. Garantias de ficar acima da inflação é que também não dão. Para já, para prazos acima de um ano, tendem a oferecer taxas mais competitivas isto se considerarmos, em particular, os certificados do tesouro poupança crescimento.

Este último produto, em especial, bem menos atraente do que o seu predecessor, os certificados do tesouro poupança mais, continuam, ainda assim a ser a melhor oferta em termos de taxa de juro para aplicações mais longas, acrescentando ao juro garantido e tabelado, um adicional potencial e nunca negativo, associado ao desempenho da economia portuguesa (taxa de crescimento do PIB).

Nesta tabela pode ver qual a taxa de juro associada aos certificados considerando que os mantém por prazos entre 1 ano (prazo mínimo de imobilização) a 7 anos (o máximo legal). Considerou-se que não havia bonificação associada ao PIB.

 

Banco   Prazo   Nome do Depósito   TANB   TANL   Depósito Mínimo   Depósito Máximo   Perda de juros com mobilização antecipada
ESTADO – IGCP   7 anos(s)   Certificados do Tesouro Poupança Crescimento   1,39   1,003   1 000   1 000 000   100%
ESTADO – IGCP   6 anos(s)   Certificados do Tesouro Poupança Crescimento   1,25   0,900   1 000   1 000 000   100%
ESTADO – IGCP   5 anos(s)   Certificados do Tesouro Poupança Crescimento   1,11   0,799   1 000   1 000 000   100%
ESTADO – IGCP   4 anos(s)   Certificados do Tesouro Poupança Crescimento   0,98   0,702   1 000   1 000 000   100%
ESTADO – IGCP   3 anos(s)   Certificados do Tesouro Poupança Crescimento   0,85   0,612   1 000   1 000 000   100%
ESTADO – IGCP   2 anos(s)   Certificados do Tesouro Poupança Crescimento   0,75   0,540   1 000   1 000 000   100%
ESTADO – IGCP   1 anos(s)   Certificados do Tesouro Poupança Crescimento   0,75   0,540   1 000   1 000 000   Não mobilizável (no 1º ano)
ESTADO – IGCP   3 meses   Certificados de Aforro   0,681   0,490   100   250 000   Não mobilizável (nos 1ºs 3 meses)

 

Conclusões

Em suma:

  • Se é para ter o dinheiro à ordem porque acha que ganha 1% ao mês é ridículo num depósito a prazo, a verdade é que é 1% a menos que perde.
  • Se prefere minimizar a perda de poder de comprar sem correr mais riscos do que os inerentes a um depósito a prazo, então analise o comparativo onde os depósitos a prazo competem com os certificados de aforro e os certificados do tesouro poupança crescimento e escolha a melhor opção para o prazo que está disposto a ter o dinheiro parado.
  • Se admite correr mais riscos para fugir a depósitos que não garantem retorno positivo, recomendamos que olhe para outros ativos mais agressivos, deixando a nota de cautela de que convém que perceba em que é que está a investir. Se não conseguir perceber bem o produto é meio caminho andado para que muito provavelmente não seja um investimento para si, por mais simpático que seja um eventual gestor de conta.

Boas sorte e bons negócios!

Taxa dos Certificados do Tesouro é quase 4 vezes superior à taxa média dos novos depósitos

A taxa de juros dos certificados do tesouro é quase quatro vezes superior à taxa de juro média dos novos depósitos até um ano.

Após comparamos a TANB dos certificados do tesouro poupança crescimento em 2018 durante o seu primeiro ano (0,75% de TANB) com a taxas de juro média dos novos depósitos até um ano indicada pelo Banco de Portugal e referente a janeiro de 2018 (0,2% de TANB) facilmente se constata que, mesmo estando a falar de um nível de juros globalmente baixo, a diferença entre estes dois produtos que, em termos de risco, são comparáveis, é significativa.

Convém reter que os certificados do tesouro só são livremente mobilizáveis após completarem o primeiro aniversário, algo que não sucede com alguns depósitos. Por outro lado, a comparação é feita com uma taxa média pelo que se impõe a pergunta:

 

O que aconteceria se comparássemos com depósitos a prazo particulares com maturidade a um ano?

 

Do nosso comparativo de depósitos a prazo (que incluem os certificados de aforro e do tesouro) e que atualizamos regularmente, resulta que os certificado do tesouro não oferecem a melhor taxa (considerando apenas depósitos não promocionais), mas não ficam mal classificados.

Surgem na nona posição que passa a ser a terceira se considerarmos depósitos que atigem um mínimo de subscrição não supeiror aos €1.000 com que já se pode subscrever certificados do tesouro poupança crescimento.

 

Banco Nome do Depósito TANB TANL Tipo de Taxa Depósito Mínimo
BNI Europa 12 Meses 1,1 0,792 Fixa 1.000
Banco Privado Atlântico – Europa Rendimento Mensal 1 0,720 Juros mensais 10.000
Banco Privado Atlântico – Europa 12 Meses 1 0,720 Fixa 500
Invest Super Depósito Crescente 1 0,720 Crescente (Trimestral) 2000
Invest Depósitos a Prazo 1 0,720 Fixa 20000
Invest Depósitos a Prazo 0,9 0,648 Fixa 2000
ESTADO – IGCP Certificados do Tesouro Poupança Crescimento 0,75 0,540 Fixa 1.000
ActivoBank Poupança Start 0,6 0,432 Depende de condições 3.000
EuroBic Sénior 0,55 0,396 Fixa 25.000

 

Recorde-se que os certificados do tesouro atualmente em subscrição têm uma maturidade máxima de 7 anos com taxa de juro anual crescente e com possibilidade de, a partir do segundo ano, dar direito a um “prémio correspondente a 40% do crescimento médio real do PIB nos últimos quatro Trimestres conhecidos no mês anterior à data de pagamento de juros” segundo informa o IGCP.

Sem considerarmos este prémio associado ao PIB, que poderá ou não surgir, a taxa de juro efetiva (considerando que se mantém a poupança sem resgates desde a subscrição) é a seguinte:

1º ano: 0,75%

2º ano: 0,75%

3º ano: 0,85%

4º ano: 0,97%

5º ano: 1,10%

6º ano: 1,24%

7º ano: 1,38%.

Esta taxa pode ser utilizada para uma comparação correta com depósitos a prazo com maturidades de 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 anos.

Os certificado do tesouro podem ser subscritos an online via Aforro.net.

Pode encontrar mais informação atualizada regularmente em Melhores Depósitos a Prazo – Última atualização.

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro - Dezembro 2017

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro – Dezembro 2017

Utilizando a recolha de mais de 200 depósitos a prazo que se encontram em promoção pública nos sítios da internet de 20 bancos a operar em Portugal, decidimos comparar as melhores ofertas de depósitos – em termos de taxas de juro – com a opção de manter em carteira certificados do tesouro poupança crescimento durante um a sete anos, ou seja, no máximo até à maturidade limite deste produto recente.

 

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro

Da comparação resusta que para as maturidades comparáveis, e sem contar com o eventual prémio associado ao crescimento do PIB existente a partir do segundo ano, nos certificados do tesouro poupança crescimento, os melhores depósitos a prazo existentes no mercado batem os certificados do tesouro.

Sublinha-se que nos referimos à comparação direta com os depósitos com as melhores taxas. Se a comparação se fizesse pelos valores médios de taxa dos depósitos em cada maturidade, certamente os certificados do tesouro se revelariam como muito competitivos. Afinal, basta ter presente que em outubro de 2017, a taxa de juro de novos depósitos (de prazo superior a 1 ano)  a empresas e famílias, em Portugal, foi de 0,39%, um valor muito inferior ao dos melhores depósitos a prazo ou dos certificados do tesouro para esses prazos.

Um coisa é certa, os certificados do tesouro poupança crescimento são significativamente menos competitivos do que os seus antecessores certificados do tesouro poupança mais, quando comparados com os melhores depósitos a prazo em cada maturidade.

Olhando estritamente para as melhores taxas de juro nos depósitos a prazo nas maturidades representadas no gráfico, é oportuno sublinhar que para os prazos até um ano estamos na presença, geralmente, de taxas promocionais para captar novos clientes ou novos capitais pelo que o formato em U da curva de rendibilidade é, pelo menos, excessivamente pronunciado.

Pode encontrar a indetificação dos melhores depósitos para cada maturidade ou no ficheiro completo com as melhores taxas de juro ou consultando o menu do nosso blogue, acedendo à pagina de cada maturidade (3 meses, 6 meses, 1 ano ou 2 e mais anos).

Bons negócios!

 

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro - Dezembro 2017

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro – Dezembro 2017

 

 

 

 

Depósitos a Prazo: os melhores no final de 2017

Aproximamo-nos a passos largos de 2018 e decidimos realizar uma última atualização à nossa base de dados para identificarmos os melhores depósitos a prazo no final de 2017.  Dos mais de 200 depósitos a prazo consultados nos sítios de 20 bancos a operar em Portugal resultou a lista que se segue com os depósitos que remuneram pelo menos 1% de TANB, ordenados pelas melhores taxas de juro, além do ficheiro completo em excel que poderá utilizar.

Pelo meio encontram-se os novos certificados do tesouro poupança crescimento que dividimos em sete hipóteses de investimento distintas em termos de maturidade, tantas quantos os anos que medeiam entre a subscrição e o resgate obrigatório. Como poderá constatar, apesar da descida da taxa face aos seus antecessores, certificados do tesouro poupança mais, continuam a ser competitivos e a ocupar posições nesta lista que acaba por ser um top 34.

De modo geral, a remuneração dos depósitos a prazo está estagnada parecendo ter terminado a queda generalizada que ocorreu ao longo dos últimos anos. As oscilações que identificámos face à última atualização anterior – há quase três meses – são marginais, havendo até algumas ligeiras subidas.

 

Melhores depósitos a prazo no final de 2017

Banco Prazo Nome do Depósito TANB TANL Tipo de Taxa Depósito Mínimo Depósito Máximo
   Nº Unidade            
BEST 3 meses 2,25% já (Não Mobilizável) 2,25 1,620 Juros pagos à cabeça 2.500 50.000
BNI Europa 5 anos(s) BNI Europa 5 anos 2,01 1,447 Fixa 1.000 N/A
Banco BIG 3 meses Super Depósito 2 1,440 Fixa 500 50.000
Banco Carregosa 3 meses Go Bulling Bem-Vindo 2 1,440 Fixa 5.000 50.000
BNI Europa 4 anos(s) BNI Europa 4 anos 1,81 1,303 Fixa 1.000 N/A
Invest 3 meses Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 75000
Invest 6 meses Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 75000
Invest 1 anos(s) Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 75000
BNI Europa 3 anos(s) BNI Europa 36 Meses 1,61 1,159 Fixa 1.000 N/A
BNI Europa 5 anos(s) BNI Europa 5 anos 1,51 1,087 Fixa 1.000 N/A
BNI Europa 2 anos(s) 24 Meses 1,41 1,015 Fixa 1.000 N/A
BNI Europa 4 anos(s) BNI Europa 4 anos 1,41 1,015 Fixa 1.000 N/A
ESTADO – IGCP 7 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Crescimento 1,39 1,003 Crescente (média de 7 anos)+Variável PIB 1.000 1.000.000
Invest 2 anos(s) Invest GO 1,35 0,972 Fixa 2.000 500.000
BNI Europa 3 anos(s) BNI Europa 36 Meses 1,31 0,943 Fixa 1.000 N/A
Finantia 3 anos(s) Depósito a prazo 1,3 0,936 Fixa (juros anuais) 50.000 500.000
ESTADO – IGCP 6 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Crescimento 1,25 0,900 Crescente (média de 6 anos)+Variável PIB 1.000 1.000.000
Banco Privado Atlântico – Europa 2 anos(s) Valor Crescente 1,25 0,900 Crescentes (semestrais) 500 75.000
Banco BIG 6 meses Super Depósito 1,25 0,900 Fixa 500 50.000
BNI Europa 2 anos(s) 24 Meses 1,21 0,871 Fixa 1.000 N/A
Finantia 2 anos(s) Depósito a prazo 1,2 0,864 Fixa (juros anuais) 50.000 500.000
Invest 5 anos(s) 5 anos e um dia 1,2 0,864 Fixa 2000 500000
Finantia 6 meses Depósito a prazo 1,15 0,828 Fixa 50.000 500.000
ESTADO – IGCP 5 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Crescimento 1,11 0,799 Crescente (média de 5 anos)+Variável PIB 1.000 1.000.000
BNI Europa 1 anos(s) 12 Meses 1,1 0,792 Fixa 1.000 N/A

 

No geral, os bancos com maior implantação online e os que estão a procurar ganhar quota de mercado são os que oferecem as melhores opções.

Se tem intenções de poupar não se esqueça que, apesar das taxas não serem especialmente atraentes, podem oferecer-lhe algum retorno anulando ou mitigando os efeitos da inflação e permitindo-lhe manter liquidez para alguma oportunidades de investimento futuro, de preferência evitando o crédito, que esse sim, continua a apresentar taxas significativas, em especial no crédito ao consumo.

Não deixe de descarregar o ficheiro excel com os melhores depósitos a prazo e de comparar antes de decidir.

Bons negócios.

Bancos com melhores depósitos a prazo

Conheça os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento

Quatro anos depois da sua criação que aqui anunciámos em devido tempo os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) foram suspensos e substituídos pelos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC). Curiosamente, os CTPM são suspensos precisamente no ano em que irão pagar, de facto, um prémio generoso, pois terão como complemento à taxa garantida do 4º ano, 80% do crescimento real do PIB que, como sabemos, está em máximos de mais de uma década.

Os dois produtos de poupança partilham muitas características comuns sendo duas as principais diferenças: por um lado, os CTPC prolongam as maturadidade dos CTPM em dois anos (terão maturidade de sete anos) e, por outro, a estrutura de remuneração é substancialmente alterada (passando a taxa de juro anual bruta de 2,25% para 1,39%).

De facto, a remuneração média cai significativamente sendo também verdade que o prémio indexado à evolução é cortado para metade ao mesmo tempo que poderá começar a influenciar a taxa de juro dois anos mais cedo, ou seja, logo a partir do segundo ano e não apenas no quarto e quinto.

Os juros continuam a ser anuais, não são capitalizados, o mínimo de subscrição mantém-se nos €1.000, as taxas continuam a ser crescentes, iniciando-se nos 0,75%, antes de impostos, e atingindo os 2,25% no último ano.

Veja como comparam com as melhores taxas de juro dos depósitos a prazo: Taxa dos Certificados do Tesouro é quase 4 vezes superior à taxa média dos novos depósitos. É certo que no primeiro ano paga menos do que a inflação e estará acima da taxa de juro média dos depósitos a prazo.

A título de exemplo, a atestar o sucesso deste produto, em março de 2018, houve subscrições líquidas de €117 milhões.

 

Conheça os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento

Eis a Ficha Técnica dos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento que acompanha a resolução do conselho de ministros que apresenta este novo produto de poupança absedo em dívida pública e orientado para as famílias.

 

Valores e subscrição:

• Valor nominal de cada unidade — 1 EUR.
• Mínimo de subscrição — 1.000 unidades.
• Máximo por conta de tesouro — 1.000.000 unidades.
• Mínimo por conta de tesouro — 1.000 unidades.

 

Prazo:

• Prazo — 7 anos a contar da respetiva data-valor da subscrição.

 

Taxa de remuneração:

• Taxa de juro fixa para cada ano da aplicação:

1.º ano — 0,75 %,

2.º ano — 0,75 %,

3.º ano — 1,05 %,

4.º ano — 1,35 %,

5.º ano — 1,65 %,

6.º ano — 1,95 %,

e 7.º ano — 2,25 %;

• A taxa de juro a partir do 2.º ano é acrescida de um prémio, em função do crescimento médio real do Produto Interno Bruto (PIB), conforme descrito no ponto seguinte.

Prémio de remuneração:

• A partir do 2.º ano, ao valor da taxa de juro fixada, acresce um prémio a divulgar no sítio da Internet da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E. P. E. (IGCP, E. P. E.), no penúltimo dia útil do mês anterior à data de pagamento de juros.

• O prémio corresponde a 40 % do crescimento médio real do PIB a preços de mercado (taxa de variação em volume homóloga arredondada a uma casa decimal, segundo informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.), no âmbito da primeira publicação das estimativas completas das Contas Nacionais Trimestrais para o trimestre de referência) nos últimos quatro trimestres conhecidos no mês anterior à data de pagamento de juros.

• O prémio apenas tem lugar no caso do crescimento médio real do PIB ser positivo e fica limitado a um máximo de 1,2 % em cada ano, equivalente a 40 % de um crescimento médio real do PIB de 3 %.

• O prémio não é corrigido retroativamente em resultado de revisões posteriores das estimativas do PIB publicadas pelo INE, I. P.

 

Vencimento de juros:

• Cada subscrição vence juros com uma periodicidade anual.

• O vencimento dos juros ocorre no mesmo dia do mês correspondente ao da data -valor da subscrição. No caso de esse dia não existir no mês de vencimento, o crédito terá lugar no 1.º dia do mês seguinte. Caso o vencimento de juros ocorra em dia não útil, o respetivo crédito tem lugar no dia útil seguinte.

 

Distribuição de juros:

• O valor dos juros, líquido de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), é creditado no Número Internacional de Identificação Bancária (IBAN), registado na respetiva conta do tesouro aberta junto do IGCP, E. P. E.

• Não há capitalização de juros.

 

Reembolso:

• Vencimento do capital ao valor nominal, no 7.º aniversário da data -valor da subscrição. No caso de esse dia não existir no mês de vencimento, o crédito terá lugar no 1.º dia do mês seguinte. Caso o vencimento do capital ocorra em dia não útil, o respetivo crédito tem lugar no dia útil seguinte.

• O valor de reembolso é creditado no IBAN registado na respetiva conta do tesouro aberta no IGCP, E. P. E.

 

Resgate antecipado:

• Só é permitido o resgate no prazo de um ano a contar da data -valor da subscrição.

• Decorrido o 1.º ano, podem ser efetuados resgates em qualquer momento, com perda total dos juros decorridos desde o último vencimento de juros até à data de resgate.

• O resgate determina o reembolso do capital ao valor nominal das unidades resgatadas.

• O resgate pode ser efetuado pela totalidade das unidades subscritas ou, no caso de resgate parcial, as unidades remanescentes não podem ser inferiores a 1.000.

• O valor de resgate é creditado no IBAN registado na respetiva conta do tesouro aberta no IGCP, E. P. E.

• O resgate pode ser ordenado pelo titular ou por um seu mandatário com poderes especiais para o efeito.

 

Titularidade:

• Só podem ser titulares de CTPC as pessoas singulares.

• Cada pessoa só pode ser titular de uma conta e cada conta só tem um titular. Nessa conta é obrigatória a indicação de uma morada e de um IBAN de uma conta bancária de que essa pessoa seja titular.

 

Transmissão:

• Os CTPC só são transmissíveis por morte do titular.

 

Regime fiscal:

• Os juros e os prémios de remuneração estão sujeitos a IRS, com retenção na fonte, à taxa liberatória vigente na
data do vencimento de juros.

• Os CTPC estão isentos do imposto do selo, desde que revertam a favor de herdeiros legitimários.

 

Garantia de capital:

• Garantia da totalidade do capital investido.

Estado paga mais a aforradores não residentes para produtos comparáveis

O Estado paga mais a aforradores não residentes? O Estado, através do IGCP, lançou, no final de outubro de 2017, um novo produto chamado Certificados do Tesouro Poupança Crescimento que substituiu os Certificados do Tesouro Poupança Mais. Atendendo às declarações públicas prestadas pelo IGCP nos meses anteriores e face à descida significativa das taxas de juro a que está a ser negociada a emissão da dívida pública (vejam-se as yields das obrigações do tesouro), esta novidade vinha-se adivinhando pois o prémio pago pelos CTPM era já especialmente significativo face ao que se obtinha no mercado secundário e mesmo primário.

 

CTPM estavam a pagar acima dos valores de mercado

A taxa anual média líquida para um investidor nacional que mantivesse os CTPM subscritos até à maturidade (5 anos) seria, garantidamente, de 1,62%. A 27 de outubro de 2017, a yield das obrigações do tesouro português a 5 anos rondava os 0,86%, sensivelmente metade do que está a ser pago aos aforradores com CTPM. Note-se que, além da taxa garantida, os aforradores de CTPM receberiam ainda um prémio caso o PIB real, nos últimos dois anos do período de subscrição, registasse crescimento real positivo (receberiam 80% do crescimento do PIB) o que aumentaria ainda o diferencial.

Em suma, é compreensível que num cenário de taxas de juro muito baixas e no qual os depósitos a prazo também não são concorrenciais para o aforrador, o Estado procure não pagar mais do que o necessário para financiar a sua dívida.

 

Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento são competitivos?

Enquanto que, sem contar com os eventuais prémios associados à evolução do PIB, os CTPM pagavam 1,62% líquidos em média anual durante 5 anos, os CTPC irão pagar 0,98% em média (que corresponde a 1,39% de taxa bruta) considerando os sete anos até ao final do prazo deste produto.

A 27 de outubro de 2017, a yield das obrigações do tesouro comparáveis, ou seja, com maturidade de sete anos, estava a 1,39%, precisamente o valor da taxa anual nominal bruta dos CTPC. Se considerarmos que os CTPC ainda podem pagar um prémio (40% do crescimento real do PIB limitados a um incremento máximo por esta via de 1,2 pontos percentuais à taxa de juro) poderemos considerar que o produto é competitivo. Mas numa análise mais detalhada é legítimo efetuar alguma críticas.

 

Estado paga mais a aforradores não residentes para produtos comparáveis

Desde logo, o Estado está a emitir os CTPC para residentes sujeitos a IRS pelo que o custo real para o Estado será sempre o juro nominal menos o IRS que cobra, ou seja, o Estado para taxas nominais iguais nos CTPM e nas obrigações, tem sempre um desconto equivalente a IRS caso o subscritor seja residente.

Por outro lado, os CTPC não são mobilizáveis durante os primeiros 12 meses o que justificaria um prémio de liquidez para que fossem competitivos com as obrigações mas ele é, de facto negativo, pois no primeiro ano, os CTPC pagam apenas 0,75% brutos (0,54% líquidos) enquanto que o cupão das obrigações é de 1,39% desde o primeiro ano sem limitações de mobilização me mercado secundário. Como atenuante diga-se que uma obrigação só terá capital garantido se levada até à maturidade pelo que a possibilidade de se vender a obrigação no mercado tanto pode implicar um ganho extraordinário além do cupão anual como uma perda.

É certo que o prémio associado ao PIB, desde o 2º ano de subscrição poderá tornar os CTPC mais competitivos mas esse prémio é incerto e deve ser considerado com prudência nas comparação com outros produtos. Acrescenta-se que, na maturidade, o risco associado a uma obrigação ou a um CTPC é idêntico, pois ambos dependem da solvência do Estado português.

 

 

Resumindo e concluindo

Tudo ponderado, os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento que surgem como alternativa, destinada às famílias residentes, que pode ser comparada com uma forma de financiamento concorrente usada pelo Estado Português como as obrigações (que são tipicamente subscritas por não residentes e como tal não tributáveis em IRS pelo Estado Português), revelam um Estado que oferece dívida pública aos seus próprios cidadão com um desconto na taxa real oferecida, beneficiando os não residentes a quem entrega juros mais elevados.

Uma situação que merece ser criticada e colocada aos responsáveis políticos. Recorde-se que a taxa liberatória de IRS aplicada aos juros da dívida pública é de 28%. Ou seja, por cada euro de juros o estado fica 28 cêntimos.

Feita a crítica, e regressando aos CTPC, face à oferta que está disponível para as famílias, não são, ainda assim, desinteressantes pois permitirão um retorno mais competitivo do que a esmagadora maioria dos depósitos a prazo pelo que, cada aforrador, deverá considera-los como opção válida quando definir as suas carteiras de investimentos.

Há 22 depósitos que pagam acima da taxa de inflação – março 2017

A taxa de variação média anual do índice de preços no consumidor (IPC) fixou-se nos 0,7% em fevereiro de 2017 segundo o Instituto Nacional de Estatística. Utilizando este valor como referencial (juntamente com a Taxa Anual Nominal Líquida) e comparando com a nossa base de dados de depósitos a prazo que atualizamos recorrentemente através da consulta dos sítios na internet dos bancos a operar em Portugal, verificamos que há 22 depósitos que pagam acima da taxa de inflação. Nestes 22 depósitos não se inclui nenhum promocional (salvo melhor opinião).

Em baixo, listamos esses mesmos depósitos, ordenados de forma descendente pela respetiva taxa de juro. O leitor poderá reparar que na lista constam ainda, quatro referências aos certificados do tesouro poupança mais que decidimos incluir na comparação. Nesse caso, desdobramos os Certificados do Tesouro por prazos de investimento (podem ser detidos, no máximo, durante cinco anos) facilitando assim a comparação com depósitos a prazo para prazo idênticos. Como se vê, estes produtos do Estado são bastante competitivos, ocupando a 3ª, 5ª, 10ª e 12ª posição.

Igualmente merecedores de destaque são so depósitos do BNI Europa, um banco de capitais mairitariamente angolanos que é membro do fundo de garantia de depósitos português.

Fica aqui a amostra para investigação mais aprofundada. Recomendamos vivamente que o leitor compare as respetivas Fichas de Informação Normalizada, um documento obrigatório para todos os depósitos a prazo e supervisionado pelo Banco de Portugal que vincula as instituições bancárias.

Banco Prazo Nome do Depósito TANB TANL Depósito Minimo
   Nº Unidade        
BNI Europa 5 anos(s) BNI Europa 5 anos 2,5 1,800 1 000
BNI Europa 4 anos(s) BNI Europa 4 anos 2,3 1,656 1 000
ESTADO – IGCP 5 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 2,25 1,620 1 000
BNI Europa 3 anos(s) BNI Europa 36 Meses 2,1 1,512 1 000
ESTADO – IGCP 4 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 2,00 1,440 1 000
BNI Europa 2 anos(s) 24 Meses 1,9 1,368 1 000
BNI Europa 1 anos(s) 12 Meses 1,85 1,332 1 000
BNI Europa 6 meses 183 Dias 1,85 1,332 1 000
BNI Europa 3 meses 92 DIas 1,85 1,332 1 000
ESTADO – IGCP 3 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 1,75 1,260 1 000
BNI Europa 1 anos(s) 12 Meses 1,5 1,080 1 000
ESTADO – IGCP 2 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 1,5 1,080 1 000
PrivatBank 2 anos(s) Clássico 1,3 0,936 100
PrivatBank 3 anos(s) Clássico 1,3 0,936 100
PrivatBank 5 anos(s) Clássico 1,3 0,936 100
ESTADO – IGCP 1 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 1,25 0,900 1 000
Invest 5 anos(s) 5 anos e um dia 1,2 0,864 2000
BNI Europa 6 meses 183 dias 1,15 0,828 10 000
BNI Europa 1 anos(s) 183 Dias 1,1 0,792 1 000
Invest 6 meses + 180 dias 1,1 0,792 2000
Invest 2 anos(s) Depósito 2 anos 1,1 0,792 2 000
Banco Privado Atlântico – Europa 1 anos(s) Rendimento Mensal 1 0,720 10 000
Banco Privado Atlântico – Europa 1 anos(s) Plus 12 Meses 1 0,720 25 000
PrivatBank 1 anos(s) Clássico 1 0,720 100
Invest 1 anos(s) Super Depósito Crescente 1 0,720 2000
Invest 1 anos(s) Depósitos a Prazo 1 0,720 20000

 

Note-se que se, em vez de utilizarmos a taxa de inflação clássica (a média de 12 meses), considerássemos a última taxa de variação homóloga do IPC (que se fixou nos 1,55% em fevereiro de 2017) apenas teriamos três produtos com uma TANL acima da inflação.

Note ainda que estamos a comparar uma fotografia do passado (a inflação) com uma remuneração para o futuro e a vários prazos pelo que se trata sempre de uma comparação com poder limitado. Se considerarmos as previsões de inflação para 2017 e 2018 (elas próprias também muito falíveis) podemos esperar que a taxa de inflação convirja para a atual variação homóloga, ou seja, a erosão do poder de compra deverá ficar acima de 1%-1,5%, valor para o qual restam poucos depósitos disponíveis interessantes (e sempre para prazos superiores a um ano).

Bons negócios!

Certificados de Aforro: Prémios nas séries históricas prolongados até 31 de março 2017

Se nada fosse feito, o prémio de 2,75 pontos percentuais que acresce à taxa de juro da série C dos Certificados de Aforro (encerrada a novas subscrições em 2015) e o  prémio de 1 ponto percentual que acresce à série B (encerrada a novas subscrições há mais tempo) extinguiam-se a 31 de dezembro de 2016 o que produziria uma queda drástica da taxa de juro global de cada uma desta séries condenado-as ao estatuto de produto financeiro desinteressante. Verdade de seja dita que com os atuais prémios, os certificados de aforro das séries B e C são dos produtos mais atraentes para o seu nível de risco. Contudo, com a alteração passariam do 80 para o 8 rapidamente.

 

Certificados de Aforro: Prémios nas séries históricas prolongados até 31 de março 2017

Na realidade, os referidos prémios virão a sua permanência assegurada, pelo menos por mais três meses. Em comunicado publicado no seu portal – como faz habitualmente em cada mês – o IGCP além de informar sobre a taxa de juro em vigor para a série de certificados de aforo em subscrição para o mês que se segue (será de 0,6855 em janeiro de 2017) acrescentou a seguinte indicação:

“(…) As condições de remuneração, concretamente no que se refere ao prémio de 1% para a Série B e de 2,75% para a Série C, conforme a Portaria 268-C/2012 (série B) e  Portaria 268-D/2012 (série C) manter-se-ão para as capitalizações que ocorrerem até 31 de março de 2017. (…)”

Certificados de Aforro Prémios nas séries históricas prolongados até 31 de março 2017

Certificados de Aforro Prémios nas séries históricas prolongados até 31 de março 2017

Na prática, fica tudo como tem vigorado desde 2012 mas fica também a suspeita de que a situação irá ser revista em breve pois só assim se justifica uma renovação das regras por tão curto prazo. É natural que o IGCP venha a reformular esta oferta que será presentemente mais onerosa do que outras alternativas de emissão de dívida junto dos particulares como sejam os certificados de aforro atuais, os certificados do tesouro e as obrigações do tesouro de taxa variável. Sublinhe-se que estes prémios forma acrescentados após a criação de cada uma destas séries de certificados de aforro e desde sempre foram apresentados como tendo um prazo de fim pelo que, ao contrário do que chegou a suceder no passado em que o IGCP/Ministério das Finanças alterou unilateralmente as regras do jogo sem aviso prévio e minando a confiança nos produtos da poupança do Estado, neste caso, não estamos perante uma situação comparável.

 

Mais informação:

Logo que haja mais novidades sobre o tema daremos dela nota, recordando ainda que os certificados do tesouro serão neste momento o produto mais interessante e que os certificados de aforro da série C acabarão por desaparecer naturalmente pois têm um prazo/maturidade de 10 anos.