Desde o início da subscrição a 31 de outubro de 2013, o volume acumulado colocado nos novos certificados do tesouro poupança mais atingiu os €98,5 milhões, muito próximo do valor que o tesouro pretendia alcançar até ao final do corrente ano. Não sabemos ainda quanto deste montante terá sido diretamente transferido de certificados de aforro para certificados do tesouro contudo é evidente que quem quer ter uma poupança de médio prazo em dívida pública a opção racional deve ser proceder a essa transferência, isto se considerarmos apenas a taxa de juro.
Os certificados de aforro estão a remunerar, em novembro de 2013, 3.191% (TANB) e evoluem mensalmente ao sabor da euribor a 3 meses (pelo menos até 2016) enquanto os certificados do tesouro (que implicam imobilização durante o primeiro ano) têm a seguinte estrutura de taxas brutas anuais (sem capitalização de juros):
- 1.º ano – 2,75%
- 2.º ano – 3,75%
- 3.º ano – 4,75%
- 4.º ano – 5,00%;
- 5.º ano – 5,00%;
Este sucesso inicial dos certificados do tesouro poupança mais já patrocinou declarações públicas de desagrado por parte de alguns banqueiros que assumem que se a captação de poupança por esta via superar os €2 mil milhões haverá consequências danosas para as disponibilidades da banca em conseguir emprestar dinheiro à economia. O racional para esta afirmação resulta de que esses montantes captados pelo Estado para financiar a sua dívida pública virem a resultar numa diminuição das aplicações em depósitos a prazo, reduzindo assim o capital disponível nos bancos, contudo, temos de sublinhar que o sector financeiro nacional tem vindo a canalizar muitos desses recursos, inclusive crédito obtido junto de organismos oficiais (como o BCE) para acumularem eles próprios dívida pública.