Melhores Taxas de Juros de Depósitos a Prazo em 2018

Quais são as melhores taxas de juro de depósitos a prazo em 2018? Esta é uma pergunta a que continuaremos a dar resposta ao longo do ano, consultando com regularidade as páginas online dos diversos bancos a operar em Portugal que oferecem depósitos a prazo.

Uma das novidades de início do ano é que o conjunto de bancos a operar diminuiu com a absorção do Banco Popular pelo Santander Totta.

Em 2017 também deixámos de contar em definitivo com a oferta do Privat Bank que passou por um conturbado processo interno entre a Letónia e os novos detentores Ucranianos. Mas foi também ano de afirmação de vários outros bancos que fazem parte da nossa lista de 19 instituições que continuamos a acompanhar e cuja lista de depósitos atualizamos e incluímos no nosso comparativo compilado em exel nos Melhores Depósitos a Prazo – Última atualização.

 

Bancos com depósitos a prazo em Portugal

Eis os 19 bancos que estamos a acompanhar e cujos principais depósitos poderá encontrar nas nossas páginas:

  • Activo Bank
  • Banco BEST
  • Banco BIG
  • Banco BPI
  • Banco Carregosa – Go Bulling
  • Banco EuroBIC
  • Banco Finantia
  • Banco Invest
  • Banco Millennium BCP
  • Banco Privado Atlântico – Europa
  • Bankinter
  • BBVA
  • Caixa Agrícola
  • Caixa Galícia – A Banca
  • Caixa Geral de Depósitos
  • Deutsche Bank (em fusão com A Banca)
  • Montepio Geral
  • Novo Banco
  • Santander Totta

Note que habitualmente não consideramos depósitos com taxa zero.

Juntamos à nossa lista e ficheiro excel a oferta de certificados do tesouro e de certificados de aforro que se mantêm (em especial os primeiros, claramente competitivos).

 

Taxas de juro mantém-se estáveis mas num nível baixo

Nos últimos meses de 2017 as taxas oferecidas tenderam a manter-se estáveis e, ao fim de um longo período de descidas constantes, as taxas de juro médias parecem ter atingido um mínimo encontrando-se agora oscliando ligeiramente.

No início de 2018 os melhores depósitos continuavam a ser os promocionais, com o fito de atrair novos clientes, mas não renováveis, podem superar ligeiramente os 2% de TANB.

Nos depósitos não promocionais, identificavam-se três bancos que ofereciam juros acima dos 1% de TANB para vários prazos: o BNI Europa, o Banco Invest e o Banco Privado Atlântico – Europa.

O melhor banco online a surgir na lista, sem contar com os depósitos promocionais era (em fevereiro de 2018) o Activo Bank.

 

O que esperar em 2018 em termos de taxas de juro?

Se nas taxas de juro do crédito à habitação o ano ainda deverá ser de estabilização, eventualmente com spread a cair mais um pouco (ver “Juros de Novos Créditos à Habitação em Queda (Antes da Subida)“) nos depósitos a prazo o cenário não deverá ser muito diferente.

As consequências da reversão da política monetária expansionista do BCE deverão ser geridas cirurgicamente e o nível anormalmente baixo da taxa de inflação – que teima em não se aproximar decisivamente dos 2%, deverá contribuir para que tudo seja suave. Mas não é impossível que as taxas de juro dos depósitos fechem o ano com alguma subida ligeira, em especial em alguns bancos que parecem agora mais interessados em reforçar as suas receitas pela via da cobrança de comissões mais elevadas nos seus vários produtos e que esmagaram excessivamente as taxas de juro passivas.

O aspeto positivo de inflação baixa é que os depósitos também não precisarão de ter taxas muito elevada para conseguirem mitigar a perda do poder de compra ou memso oferecer algum prémio acima da inflação.

Não deixe de acompanhar as nossas atualizações e as páginas do menu que apresentam a oferta organizada por maturidades.

Bons negócios!

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro - Dezembro 2017

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro – Dezembro 2017

Utilizando a recolha de mais de 200 depósitos a prazo que se encontram em promoção pública nos sítios da internet de 20 bancos a operar em Portugal, decidimos comparar as melhores ofertas de depósitos – em termos de taxas de juro – com a opção de manter em carteira certificados do tesouro poupança crescimento durante um a sete anos, ou seja, no máximo até à maturidade limite deste produto recente.

 

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro

Da comparação resusta que para as maturidades comparáveis, e sem contar com o eventual prémio associado ao crescimento do PIB existente a partir do segundo ano, nos certificados do tesouro poupança crescimento, os melhores depósitos a prazo existentes no mercado batem os certificados do tesouro.

Sublinha-se que nos referimos à comparação direta com os depósitos com as melhores taxas. Se a comparação se fizesse pelos valores médios de taxa dos depósitos em cada maturidade, certamente os certificados do tesouro se revelariam como muito competitivos. Afinal, basta ter presente que em outubro de 2017, a taxa de juro de novos depósitos (de prazo superior a 1 ano)  a empresas e famílias, em Portugal, foi de 0,39%, um valor muito inferior ao dos melhores depósitos a prazo ou dos certificados do tesouro para esses prazos.

Um coisa é certa, os certificados do tesouro poupança crescimento são significativamente menos competitivos do que os seus antecessores certificados do tesouro poupança mais, quando comparados com os melhores depósitos a prazo em cada maturidade.

Olhando estritamente para as melhores taxas de juro nos depósitos a prazo nas maturidades representadas no gráfico, é oportuno sublinhar que para os prazos até um ano estamos na presença, geralmente, de taxas promocionais para captar novos clientes ou novos capitais pelo que o formato em U da curva de rendibilidade é, pelo menos, excessivamente pronunciado.

Pode encontrar a indetificação dos melhores depósitos para cada maturidade ou no ficheiro completo com as melhores taxas de juro ou consultando o menu do nosso blogue, acedendo à pagina de cada maturidade (3 meses, 6 meses, 1 ano ou 2 e mais anos).

Bons negócios!

 

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro - Dezembro 2017

Depósitos a Prazo versus Certificados do Tesouro – Dezembro 2017

 

 

 

 

Depósitos a Prazo: os melhores no final de 2017

Aproximamo-nos a passos largos de 2018 e decidimos realizar uma última atualização à nossa base de dados para identificarmos os melhores depósitos a prazo no final de 2017.  Dos mais de 200 depósitos a prazo consultados nos sítios de 20 bancos a operar em Portugal resultou a lista que se segue com os depósitos que remuneram pelo menos 1% de TANB, ordenados pelas melhores taxas de juro, além do ficheiro completo em excel que poderá utilizar.

Pelo meio encontram-se os novos certificados do tesouro poupança crescimento que dividimos em sete hipóteses de investimento distintas em termos de maturidade, tantas quantos os anos que medeiam entre a subscrição e o resgate obrigatório. Como poderá constatar, apesar da descida da taxa face aos seus antecessores, certificados do tesouro poupança mais, continuam a ser competitivos e a ocupar posições nesta lista que acaba por ser um top 34.

De modo geral, a remuneração dos depósitos a prazo está estagnada parecendo ter terminado a queda generalizada que ocorreu ao longo dos últimos anos. As oscilações que identificámos face à última atualização anterior – há quase três meses – são marginais, havendo até algumas ligeiras subidas.

 

Melhores depósitos a prazo no final de 2017

Banco Prazo Nome do Depósito TANB TANL Tipo de Taxa Depósito Mínimo Depósito Máximo
   Nº Unidade            
BEST 3 meses 2,25% já (Não Mobilizável) 2,25 1,620 Juros pagos à cabeça 2.500 50.000
BNI Europa 5 anos(s) BNI Europa 5 anos 2,01 1,447 Fixa 1.000 N/A
Banco BIG 3 meses Super Depósito 2 1,440 Fixa 500 50.000
Banco Carregosa 3 meses Go Bulling Bem-Vindo 2 1,440 Fixa 5.000 50.000
BNI Europa 4 anos(s) BNI Europa 4 anos 1,81 1,303 Fixa 1.000 N/A
Invest 3 meses Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 75000
Invest 6 meses Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 75000
Invest 1 anos(s) Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 75000
BNI Europa 3 anos(s) BNI Europa 36 Meses 1,61 1,159 Fixa 1.000 N/A
BNI Europa 5 anos(s) BNI Europa 5 anos 1,51 1,087 Fixa 1.000 N/A
BNI Europa 2 anos(s) 24 Meses 1,41 1,015 Fixa 1.000 N/A
BNI Europa 4 anos(s) BNI Europa 4 anos 1,41 1,015 Fixa 1.000 N/A
ESTADO – IGCP 7 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Crescimento 1,39 1,003 Crescente (média de 7 anos)+Variável PIB 1.000 1.000.000
Invest 2 anos(s) Invest GO 1,35 0,972 Fixa 2.000 500.000
BNI Europa 3 anos(s) BNI Europa 36 Meses 1,31 0,943 Fixa 1.000 N/A
Finantia 3 anos(s) Depósito a prazo 1,3 0,936 Fixa (juros anuais) 50.000 500.000
ESTADO – IGCP 6 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Crescimento 1,25 0,900 Crescente (média de 6 anos)+Variável PIB 1.000 1.000.000
Banco Privado Atlântico – Europa 2 anos(s) Valor Crescente 1,25 0,900 Crescentes (semestrais) 500 75.000
Banco BIG 6 meses Super Depósito 1,25 0,900 Fixa 500 50.000
BNI Europa 2 anos(s) 24 Meses 1,21 0,871 Fixa 1.000 N/A
Finantia 2 anos(s) Depósito a prazo 1,2 0,864 Fixa (juros anuais) 50.000 500.000
Invest 5 anos(s) 5 anos e um dia 1,2 0,864 Fixa 2000 500000
Finantia 6 meses Depósito a prazo 1,15 0,828 Fixa 50.000 500.000
ESTADO – IGCP 5 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Crescimento 1,11 0,799 Crescente (média de 5 anos)+Variável PIB 1.000 1.000.000
BNI Europa 1 anos(s) 12 Meses 1,1 0,792 Fixa 1.000 N/A

 

No geral, os bancos com maior implantação online e os que estão a procurar ganhar quota de mercado são os que oferecem as melhores opções.

Se tem intenções de poupar não se esqueça que, apesar das taxas não serem especialmente atraentes, podem oferecer-lhe algum retorno anulando ou mitigando os efeitos da inflação e permitindo-lhe manter liquidez para alguma oportunidades de investimento futuro, de preferência evitando o crédito, que esse sim, continua a apresentar taxas significativas, em especial no crédito ao consumo.

Não deixe de descarregar o ficheiro excel com os melhores depósitos a prazo e de comparar antes de decidir.

Bons negócios.

Poupança

Taxa de juro dos depósitos sobe, mas só no médio e longo prazo

Com taxas de juro nulas ou praticamente nulas na maioria dos depósitos a prazo disponíveis até um ano, os particulares que insistem em aforrar uma parte das suas disponibilidades financeiras, têm vindo a procurar depósitos a prazo com maturidades mais longas. De facto, são estas as que oferecem juros mais elevados.

Segundo os dados do Banco Central Europeu, de que o Banco de Portugal deu eco, a taxa de juro média dos novos depósitos de particulares foi de 0,25%, (mais uma décima do que em agosto).

Já centrando a análise apenas nos depósitos superiores a um ano – que concentram cerca de €1 em cada €4 do aforro em novos depósitos – a taxa de juro média dos novos depósitos terá subido de 3,24% em agosto para 3,64% em setembro. Note-se que, no mesmo período, a taxa de juro de novos depósitos até um ano caiu uma décima, de 0,22% em agosto para 0,21% em setembro.

Da análise feita à oferta divulgada nos sítios de internet de 20 bancos a operar em Portugal é muito difícil compreender como é que o BCE e o Banco de Portugal chegaram a taxas médias para depósitos acima de um ano superiores à taxa de juro mais elevada que identificámos (com o Economia e Finanças). No entanto, é possível que haja negociação e juros mais elevados, fora da oferta difundida, que sejam oferecidos a grandes depositantes. Ainda assim, o número é surpreendente.

Estes dados comparam com uma taxa de inflação média anual que ronda os 1,3% (outubro de 2017).

Quanto ao volume de depósitos de particulares depositados junto de bancos a operar em Portugal, o total atingiu os € 138,2 mil milhões (setembro de 2017), um valor que representa uma ligeira descida (-1,3%) em termos de taxa de variação anual. Ainda assim, a queda dos depósitos no ano terminado em agosto, havia sido maior (variação de -1,7%).

Segundo no ta de informação do Banco de Portugal, na zona euro, os depósitos cresceram 3,8% em termos de variação anual, no ano terminado em setembro de 2017.

Conheça os certificados de aforro série E

Conheça os certificados de aforro série E

Depois de terem sido criados os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) que vieram substituir os Certificados do Tesouro Poupança Mais, o IGCP encerra série D dos Certificados de Aforro e lança a série E.

Conheça os certificados de aforro série E

O que distingue as série D da série E? A principal distinção será o facto de deixar de ser autorizada a existência de um movimentador da conta, além do seu titular. Essa possibilidade sempre existiu nas anteriores séries dos certificados de aforro, mas foi eliminada segundo aviso do IGCP de 7 de novembro de 2017, já divulgado após a versão inicial deste artigo ter sido escrita.

Na prática, as condições de subscrição e mobilização dos certificados de aforro são harmonizadas com as dos certificados do tesouro.

Além disto muda muito pouco.  Na realidade, as restantes características das duas séries mantêm-se, das taxas de juro à duração (10 anos), passando pelos juros capitalizáveis ou pelo mínimo de subscrição (100 unidades totalizando um investimento mínimo de €100).

Uma outra diferença prende-se com o fim do título em papel que era entregue aos aforradores após a subscrição dos certificados de aforro e com os locais onde os certificados de aforro podem ser subscritos.

Quanto aos aspetos formais, o IGCP indica o seguinte:

“Por forma a agilizar o processo de subscrição e reembolso, os certificados de aforro da «série E» adotam por um lado a forma de valores escriturais nominativos, o que torna desnecessária a emissão de títulos físicos, e por outro a designação de um movimentador para a subscrição.”

Quanto aos locais de subscrição e resgaste em tempo real, as alterações referem-se ao alargamento das opções pois os certificados de aforro (e também os certificados do tesouro) vão poder ser subscritos nos Espaços do Cidadão espalhados por todo o país. Para já apenas em alguns como pode ser constatado nesta lista.

Mantém-se ainda como opção os locais até aqui habituais para a subscrição e resgate, ou seja, através do AforroNet, nas lojas dos CTT — Correios de Portugal, S. A., ou, como dissemos, em algumas das lojas da rede de Espaços Cidadão.

Conheça os certificados de aforro série E

Conheça os certificados de aforro série E e os locais adicionais de subscrição.

 

Pode conhecer todos os detalhes sobre os certificado de aforro série E consultando a  Portaria 329-A/2017 

Bons negócios!

Bancos com melhores depósitos a prazo

Conheça os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento

Quatro anos depois da sua criação que aqui anunciámos em devido tempo os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) foram suspensos e substituídos pelos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC). Curiosamente, os CTPM são suspensos precisamente no ano em que irão pagar, de facto, um prémio generoso, pois terão como complemento à taxa garantida do 4º ano, 80% do crescimento real do PIB que, como sabemos, está em máximos de mais de uma década.

Os dois produtos de poupança partilham muitas características comuns sendo duas as principais diferenças: por um lado, os CTPC prolongam as maturadidade dos CTPM em dois anos (terão maturidade de sete anos) e, por outro, a estrutura de remuneração é substancialmente alterada (passando a taxa de juro anual bruta de 2,25% para 1,39%).

De facto, a remuneração média cai significativamente sendo também verdade que o prémio indexado à evolução é cortado para metade ao mesmo tempo que poderá começar a influenciar a taxa de juro dois anos mais cedo, ou seja, logo a partir do segundo ano e não apenas no quarto e quinto.

Os juros continuam a ser anuais, não são capitalizados, o mínimo de subscrição mantém-se nos €1.000, as taxas continuam a ser crescentes, iniciando-se nos 0,75%, antes de impostos, e atingindo os 2,25% no último ano.

Veja como comparam com as melhores taxas de juro dos depósitos a prazo: Taxa dos Certificados do Tesouro é quase 4 vezes superior à taxa média dos novos depósitos. É certo que no primeiro ano paga menos do que a inflação e estará acima da taxa de juro média dos depósitos a prazo.

A título de exemplo, a atestar o sucesso deste produto, em março de 2018, houve subscrições líquidas de €117 milhões.

 

Conheça os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento

Eis a Ficha Técnica dos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento que acompanha a resolução do conselho de ministros que apresenta este novo produto de poupança absedo em dívida pública e orientado para as famílias.

 

Valores e subscrição:

• Valor nominal de cada unidade — 1 EUR.
• Mínimo de subscrição — 1.000 unidades.
• Máximo por conta de tesouro — 1.000.000 unidades.
• Mínimo por conta de tesouro — 1.000 unidades.

 

Prazo:

• Prazo — 7 anos a contar da respetiva data-valor da subscrição.

 

Taxa de remuneração:

• Taxa de juro fixa para cada ano da aplicação:

1.º ano — 0,75 %,

2.º ano — 0,75 %,

3.º ano — 1,05 %,

4.º ano — 1,35 %,

5.º ano — 1,65 %,

6.º ano — 1,95 %,

e 7.º ano — 2,25 %;

• A taxa de juro a partir do 2.º ano é acrescida de um prémio, em função do crescimento médio real do Produto Interno Bruto (PIB), conforme descrito no ponto seguinte.

Prémio de remuneração:

• A partir do 2.º ano, ao valor da taxa de juro fixada, acresce um prémio a divulgar no sítio da Internet da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E. P. E. (IGCP, E. P. E.), no penúltimo dia útil do mês anterior à data de pagamento de juros.

• O prémio corresponde a 40 % do crescimento médio real do PIB a preços de mercado (taxa de variação em volume homóloga arredondada a uma casa decimal, segundo informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.), no âmbito da primeira publicação das estimativas completas das Contas Nacionais Trimestrais para o trimestre de referência) nos últimos quatro trimestres conhecidos no mês anterior à data de pagamento de juros.

• O prémio apenas tem lugar no caso do crescimento médio real do PIB ser positivo e fica limitado a um máximo de 1,2 % em cada ano, equivalente a 40 % de um crescimento médio real do PIB de 3 %.

• O prémio não é corrigido retroativamente em resultado de revisões posteriores das estimativas do PIB publicadas pelo INE, I. P.

 

Vencimento de juros:

• Cada subscrição vence juros com uma periodicidade anual.

• O vencimento dos juros ocorre no mesmo dia do mês correspondente ao da data -valor da subscrição. No caso de esse dia não existir no mês de vencimento, o crédito terá lugar no 1.º dia do mês seguinte. Caso o vencimento de juros ocorra em dia não útil, o respetivo crédito tem lugar no dia útil seguinte.

 

Distribuição de juros:

• O valor dos juros, líquido de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), é creditado no Número Internacional de Identificação Bancária (IBAN), registado na respetiva conta do tesouro aberta junto do IGCP, E. P. E.

• Não há capitalização de juros.

 

Reembolso:

• Vencimento do capital ao valor nominal, no 7.º aniversário da data -valor da subscrição. No caso de esse dia não existir no mês de vencimento, o crédito terá lugar no 1.º dia do mês seguinte. Caso o vencimento do capital ocorra em dia não útil, o respetivo crédito tem lugar no dia útil seguinte.

• O valor de reembolso é creditado no IBAN registado na respetiva conta do tesouro aberta no IGCP, E. P. E.

 

Resgate antecipado:

• Só é permitido o resgate no prazo de um ano a contar da data -valor da subscrição.

• Decorrido o 1.º ano, podem ser efetuados resgates em qualquer momento, com perda total dos juros decorridos desde o último vencimento de juros até à data de resgate.

• O resgate determina o reembolso do capital ao valor nominal das unidades resgatadas.

• O resgate pode ser efetuado pela totalidade das unidades subscritas ou, no caso de resgate parcial, as unidades remanescentes não podem ser inferiores a 1.000.

• O valor de resgate é creditado no IBAN registado na respetiva conta do tesouro aberta no IGCP, E. P. E.

• O resgate pode ser ordenado pelo titular ou por um seu mandatário com poderes especiais para o efeito.

 

Titularidade:

• Só podem ser titulares de CTPC as pessoas singulares.

• Cada pessoa só pode ser titular de uma conta e cada conta só tem um titular. Nessa conta é obrigatória a indicação de uma morada e de um IBAN de uma conta bancária de que essa pessoa seja titular.

 

Transmissão:

• Os CTPC só são transmissíveis por morte do titular.

 

Regime fiscal:

• Os juros e os prémios de remuneração estão sujeitos a IRS, com retenção na fonte, à taxa liberatória vigente na
data do vencimento de juros.

• Os CTPC estão isentos do imposto do selo, desde que revertam a favor de herdeiros legitimários.

 

Garantia de capital:

• Garantia da totalidade do capital investido.

Estado paga mais a aforradores não residentes para produtos comparáveis

O Estado paga mais a aforradores não residentes? O Estado, através do IGCP, lançou, no final de outubro de 2017, um novo produto chamado Certificados do Tesouro Poupança Crescimento que substituiu os Certificados do Tesouro Poupança Mais. Atendendo às declarações públicas prestadas pelo IGCP nos meses anteriores e face à descida significativa das taxas de juro a que está a ser negociada a emissão da dívida pública (vejam-se as yields das obrigações do tesouro), esta novidade vinha-se adivinhando pois o prémio pago pelos CTPM era já especialmente significativo face ao que se obtinha no mercado secundário e mesmo primário.

 

CTPM estavam a pagar acima dos valores de mercado

A taxa anual média líquida para um investidor nacional que mantivesse os CTPM subscritos até à maturidade (5 anos) seria, garantidamente, de 1,62%. A 27 de outubro de 2017, a yield das obrigações do tesouro português a 5 anos rondava os 0,86%, sensivelmente metade do que está a ser pago aos aforradores com CTPM. Note-se que, além da taxa garantida, os aforradores de CTPM receberiam ainda um prémio caso o PIB real, nos últimos dois anos do período de subscrição, registasse crescimento real positivo (receberiam 80% do crescimento do PIB) o que aumentaria ainda o diferencial.

Em suma, é compreensível que num cenário de taxas de juro muito baixas e no qual os depósitos a prazo também não são concorrenciais para o aforrador, o Estado procure não pagar mais do que o necessário para financiar a sua dívida.

 

Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento são competitivos?

Enquanto que, sem contar com os eventuais prémios associados à evolução do PIB, os CTPM pagavam 1,62% líquidos em média anual durante 5 anos, os CTPC irão pagar 0,98% em média (que corresponde a 1,39% de taxa bruta) considerando os sete anos até ao final do prazo deste produto.

A 27 de outubro de 2017, a yield das obrigações do tesouro comparáveis, ou seja, com maturidade de sete anos, estava a 1,39%, precisamente o valor da taxa anual nominal bruta dos CTPC. Se considerarmos que os CTPC ainda podem pagar um prémio (40% do crescimento real do PIB limitados a um incremento máximo por esta via de 1,2 pontos percentuais à taxa de juro) poderemos considerar que o produto é competitivo. Mas numa análise mais detalhada é legítimo efetuar alguma críticas.

 

Estado paga mais a aforradores não residentes para produtos comparáveis

Desde logo, o Estado está a emitir os CTPC para residentes sujeitos a IRS pelo que o custo real para o Estado será sempre o juro nominal menos o IRS que cobra, ou seja, o Estado para taxas nominais iguais nos CTPM e nas obrigações, tem sempre um desconto equivalente a IRS caso o subscritor seja residente.

Por outro lado, os CTPC não são mobilizáveis durante os primeiros 12 meses o que justificaria um prémio de liquidez para que fossem competitivos com as obrigações mas ele é, de facto negativo, pois no primeiro ano, os CTPC pagam apenas 0,75% brutos (0,54% líquidos) enquanto que o cupão das obrigações é de 1,39% desde o primeiro ano sem limitações de mobilização me mercado secundário. Como atenuante diga-se que uma obrigação só terá capital garantido se levada até à maturidade pelo que a possibilidade de se vender a obrigação no mercado tanto pode implicar um ganho extraordinário além do cupão anual como uma perda.

É certo que o prémio associado ao PIB, desde o 2º ano de subscrição poderá tornar os CTPC mais competitivos mas esse prémio é incerto e deve ser considerado com prudência nas comparação com outros produtos. Acrescenta-se que, na maturidade, o risco associado a uma obrigação ou a um CTPC é idêntico, pois ambos dependem da solvência do Estado português.

 

 

Resumindo e concluindo

Tudo ponderado, os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento que surgem como alternativa, destinada às famílias residentes, que pode ser comparada com uma forma de financiamento concorrente usada pelo Estado Português como as obrigações (que são tipicamente subscritas por não residentes e como tal não tributáveis em IRS pelo Estado Português), revelam um Estado que oferece dívida pública aos seus próprios cidadão com um desconto na taxa real oferecida, beneficiando os não residentes a quem entrega juros mais elevados.

Uma situação que merece ser criticada e colocada aos responsáveis políticos. Recorde-se que a taxa liberatória de IRS aplicada aos juros da dívida pública é de 28%. Ou seja, por cada euro de juros o estado fica 28 cêntimos.

Feita a crítica, e regressando aos CTPC, face à oferta que está disponível para as famílias, não são, ainda assim, desinteressantes pois permitirão um retorno mais competitivo do que a esmagadora maioria dos depósitos a prazo pelo que, cada aforrador, deverá considera-los como opção válida quando definir as suas carteiras de investimentos.

Melhores Depósitos a Prazo – Agosto 2017

Em junho de 2017, a taxa de inflação estava a crescer a um ritmo de 0,9% face ao ano anterior. Se por ventura este ritmo se viesse a manter, em média, nos próximo ano, encontraríamos um pouco mais de vinde depósitos a prazo e/ou ofertas do tesouro público que conseguiriam oferecer um retorno real efetivo, ainda que, quase sempre marginal. Na tabela que se segue surge alguma dessa oferta identificada após uma pesquisa aos pouco mais de 20 sítios na internet dos bancos a operar em Portugal que temos referenciados como oferecendo depósitos a prazo.

Além da tabela que se segue, incluímos a restante oferta – um pouco mais de 200 depósitos a prazo – na nossa base de dados que poderá consultar em Melhores Depósitos a Prazo – Última atualização. Ai poderá encontrar a ligação para o ficheiro excel que poderá filtrar e explorar como entender.

Fora desta lista estarão os depósitos com taxa nula e os depósitos que exigem compras cruzadas de vários produtos bancários como condicionante para se obter a taxa de juro referida.

 

Melhores Depósitos a Prazo – Agosto 2017

TOP 20 incluindo para comparação os certificados do tesouro poupança mais.

 

Banco Prazo Nome do Depósito TANB TANL Tipo de Taxa Depósito Mínimo Perda de juros com mobilização antecipada Só para novos capitais?
   Nº Unidade              
Banco Privado Atlântico – Europa 3 meses Boas Vindas 2,5 1,800 Juros pagos à cabeça 500 N/A Novos clientes
BEST 3 meses 2,25% já (Não Mobilizável) 2,25 1,620 Juros pagos à cabeça 2 500 N/A Novos clientes
ESTADO – IGCP 5 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 2,25 1,620 Crescente (média de 5 anos)+Variável PIB 1 000 100% Não
BNI Europa 5 anos(s) BNI Europa 5 anos 2,01 1,447 Fixa 1 000 Não Mobilizável Não
Banco BIG 3 meses Super Depósito 2 1,440 Fixa 500 Não Novos clientes
Banco Carregosa 3 meses Go Bulling Bem-Vindo 2 1,440 Fixa 5 000 80% Sim
ESTADO – IGCP 4 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 2,00 1,440 Crescente (média de 4 anos)+Variável PIB 1 000 100% Não
BNI Europa 4 anos(s) BNI Europa 4 anos 1,95 1,404 Fixa 1 000 Não Mobilizável Não
BNI Europa 3 anos(s) BNI Europa 36 Meses 1,91 1,375 Fixa 1 000 Não Mobilizável Não
BNI Europa 2 anos(s) 24 Meses 1,81 1,303 Fixa 1 000 Não Mobilizável Não
Invest 3 meses Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 50% Sim
Invest 6 meses Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 50% Sim
Invest 1 anos(s) Choice Novos Montantes 1,75 1,260 Fixa 2000 50% Sim
ESTADO – IGCP 3 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 1,75 1,260 Crescente (média de 3 anos) 1 000 100% Não
BNI Europa 5 anos(s) BNI Europa 5 anos 1,61 1,159 Fixa 1 000 50% Não
BNI Europa 4 anos(s) BNI Europa 4 anos 1,55 1,116 Fixa 1 000 50% Não
BNI Europa 3 anos(s) BNI Europa 36 Meses 1,51 1,087 Fixa 1 000 50% Não
ESTADO – IGCP 2 anos(s) Certificados do Tesouro Poupança Mais 1,5 1,080 Crescente (média de 2 anos) 1 000 100% Não
BNI Europa 2 anos(s) 24 Meses 1,41 1,015 Fixa 1 000 N/A Não
Invest 2 anos(s) Invest GO 1,35 0,972 Fixa 2 000 50% Não

Bons negócios!