Em fevereiro de 2024, a taxa de juro média dos depósitos a prazo para novas aplicações, destinadas às famílias caiu para 2,81%.
Este é um dos dados avançado pelo Banco de Portugal no seu comunicado mensal sobre as estatísticas das taxas de juro.
A taxa de juro média para novos depósitos registada em fevereiro representa uma descida face ao valor de 2,90% apurado em janeiro.
Igualmente em queda está o montante global de novos depósitos a prazo constituídos em fevereiro: menos €2.040 milhões do que em janeiro, totalizando €7.548 milhões de novos depósitos.
Ainda segundo o Banco de Portugal, a descida do juro foi transversal a todos os prazos de novos depósitos.
De facto, entre os depósitos até um ano a descida da taxa de juro foi de 0,1 pontos percentuais. Esta descida não alterou a posição relativa destes depósitos face a depósitos a prazo mais longos. Ou seja, os depósitos até um ano continuaram a ter, claramente, a remuneração mais elevada.
Esta realidade terá contribuído para explicar o porquê de ser nestes prazos que se concentrou 97% da nova poupança.
A taxa média dos novos depósitos a prazo até um ano fixou-se nos 2,82%.
Em linha com o que foi referido no nosso artigo “Taxas Euribor antecipam descida de juros – 2024“, as taxas de juro são mais baixas quanto maior é o prazo, assistindo-se assim, entre os fatores que contribuem para definir o juro, a uma relevância maior das expectativas de descida das taxas de juro diretoras do Banco Central Europeu nos próximos meses, face ao prémio de liquidez por manter o dinheiro imobilizado junto do Banco num depósito durante mais tempo.
Assim, sem surpresa, a taxa de juro dos novos depósitos entre um e dois anos foi de 2,39% (2,65% em janeiro) e de 2,06% para depósitos acima de dois anos (2,12% em janeiro).
No gráfico em baixo, da autoria do Banco de Portugal, é possível analisar a curva recente de evolução das taxas de juro para os vários prazos de depósitos a prazo.