Quais os melhores depósitos a prazo a 1 ano que oferecem mais do que a inflação esperada? Na sequência do artigo anterior, procurámos identificar de entre os depósitos a 1 ano que encontrámos no passado domingo, quais é que oferecem uma taxa de juro líquida superior ao valor da inflação prevista para 2013 (ou seja, uma taxa após se descontar os 28% de IRS sobre os juros – usaremos a TANL).
Ora as últimas previsões do Banco de Portugal e da Comissão Europeia apontam para uma previsão da taxa de inflação em 2013 a rondar o ponto percentual. Assim sendo, para que um depósito a um ano consiga, pelo menos, garantir que no final do prazo, o poder de compra se mantêm face ao momento inicial, ele terá de oferecer de taxa bruta um valor igual ou superior a 1,39%. Com isto em mente identificámos 57 depósitos a prazo entre os bancos de direito nacional (ao abrigo do fundo de garantia de depósitos português) que remuneram acima do valor previsto para a inflação de 2013. Desses 57 identificámos 17 que podem ser constituídos com €500 ou menos.
Na tabela em baixo, apresentamos todos os depósitos de bancos com sede em Portugal que remuneram a uma taxa de juro líquida de pelo menos 2%, ou seja, depósitos que, a confirmar-se o valor previsto para a inflação, garantirão pelo menos um ganho real de 1 ponto percentual por cada euro colocado no respetivo depósito a prazo.
Verifica-se da tabela que há três depósitos que pagam mais de 4% em termos brutos mas todos se referem a depósitos promocionais, destinados apenas a novos capitais. O primeiro depósitos não promocional desta tabela hierarquizada pelas melhores taxas de juro é um depósito a prazo do Banco Invest que oferece uma TANL de 2,81% (ou seja um ganho real esperado de 1,81%) mas exige um investimento mínimo de €75.000. O mesmo banco oferece, contudo, uma taxa apenas marginalmente inferior (2,77% de TANL) por um depósito a parte de uma quantia bem mais modesta: €2.000.
O melhor depósito para aplicações de baixo montante (€300) é o Depósitos Ouro Plus do Banco Popular que remunera a 2,52% de TANL, ou seja, garante um rendimento real, após descontarmos a inflação, de 1,52%.
Na sequência da tabela, apresentamos as ligações para as Fichas de Informação Normalizada ordenadas na mesma sequência. Recomendamos vivamente os potenciais interessados a investirem algum tempo numa comparação das FIN relativas aos depósitos que considerem mais apelativos. Notem que nem só de juro se deve forma a decisão. Chamamos a atenção do leitor para o facto de, na tabela apresentada surgirem depósitos com taxas fixas, taxa crescentes etc, pel oque só são estritamente comparáveis ao nível da taxa de juro se se assumir que se mantêm o depósito até à maturidade que é o mesmo que dizer até ao final do prazo. Sublinha-se ainda que há depósitos que não permitem mobilização antecipada enquanto outros o permitem com penalizações diversificadas.
Esperemos que seja útil. Bons negócios!