Segundo dados do Banco Central Europeu relativos a setembro de 2015 a taxa média de novos depósitos a prazo para famílias e empresas não financeiras continua em queda em Portugal. Em setembro de 2015, a taxa média de novos depósitos fixou-se nos 0,47% tendo descido dos 0,56% registados no mês anterior. Quando comparada com a taxa de juro média cobrada pelos bancos nos novos empréstimos às empresas, constata-se que o spread foi de 3,18%, um valor muito elevado em termos médios na Zona Euro.
Sendo certo que a taxa média de novos depósitos a prazo continua em queda, a comparação internacional tem mais que se lhe diga. Destaque-se que contrariamente ao que sucede com as taxas de juro dos novos empréstimos onde as taxas médias em Portugal são substancialmente mais caras pelos os credores do que em Espanha ou do que na Alemanha, ao nível dos depósitos a prazo essas diferenças ou não existem (Espanha) ou são muito menores (face a Alemanha). No mesmo mês de setembro as taxas de juro médias de novos depósitos a prazo foram de 0,45% em Espanha e de 0,75% na Alemanha.
Por outro lado, nestes países os spreads entre taxas de juro ativas (empréstimos) e taxas de juro passivas (depósitos) foram de 2,15 pontos percentuais (p.p.) e de 1,02 p.p. respetivamente, em vez dos 3,18 p.p. registados em Portugal. A banca nacional está claramente a procurar resolver os seus problemas também por via de um margem entre depósitos e empréstimos muito superior à praticada pelos seus concorrentes noutro países.
Não deixe de identificar quais os depósitos a prazo que se destacam pelo positiva face aos valores médios registados em setembro consultando a nossa base de dados com os Melhores Depósitos a Prazo.