A inflação regista valor positivo pela primeira vez desde maio de 2014 ou se ter fixado nos 0,1% em termos de variação média anual na informação relativa a julho de 2015 divulgada pelo INE. A subida deste indicador face ao que registava em junho foi de apenas uma décima, o suficiente para abandonar o nulo então registado. Podemos assim constatar que à taxa de juro líquida dos depósitos a prazo teremos de subtrair uma décima para obtermos a taxa de juro real neste momento.
O comportamento do índice de preços no consumidor indicia que a taxa de inflação poderá continuar a subir lentamente nos próximos meses dado que a taxa de variação homóloga persiste acima da variação média anual. Ainda assim a subida será muito limitada dado que a própria variação homóloga depois de ter atingido o ponto percentual em maio, voltou a desacelerar fixando-se em 0,8% nos meses de junho e julho de 2015.
A impacto da política expansionista do Banco Central Europeu, com o objetivo de estimular a subida de preços estará a ter uma eficácia muito moderada. Ainda assim Portugal é, no seio da Zona Euro, dos países com a variação homóloga mais elevada. Nenhum país regista valores que se aproximem dos “desejados” 2% de referencial ideal definido pelo BCE: