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Diferença entre juros pagos e recebidos pela banca nos 240 pontos base

A diferença entre juros pagos e recebidos pela banco estava em dezembro de 2016 nos 240 pontos base, ou seja, as taxas de juro médias praticadas para remunerar novos depósitos a prazo eram inferiores em 2,4 pontos percentuais às taxas de juro médias cobradas em novos empréstimos concedidos pela banca nacional.

 

Diferença entre juros pagos e recebidos pela banca

Na Espanha esta diferencial entre taxas de juro passivas (as dos depósitos) e as taxas de juro ativas (as dos empréstimos) era de 186 pontos base e na Alemanha de 103 pontos base, quase três vezes inferiores às praticadas em Portugal.

A banca nacional cobra assim à nossa economia um custo de intermediação financeira (que é mais teórica do que efetiva face ao real processo de criação de moeda que controlam onde o volume de depósitos praticamente não condiciona o volume de empréstimos) várias vazes superior ao praticado na maior economia da União Europeia e muito superior ao praticado no nossa principal parceiro comercial e económico, a Espanha.

Segundo dados do BCE, a taxa de juro de novos depósitos (de prazo superior a 1 ano) às empresas não financeiras e às famílias, fixou-se, em dezembro de 2016, nos 0,40% (diminuição de 0,01 pontos percentuais face ao mês anterior).  Na Espanha este indicador atingiu os 0,14% e na Alemanha os 0,43%.

Juros descem mas depósitos aumentam

O Banco de Portugal divulgou as taxas de juro de novas operações relativas a depósitos a a crédito concedido bem como os volume de depósitos constituídos e crédito concedido. A nota global é: juros descem mas depósitos aumentam.

 

Juros descem mas depósitos aumentam

Quanto às taxas de juro de novas operações de depósitos relativas a fevereiro de 2016, constatou-se que se atingiram novos mínimos históricos. Em concreto, a média das taxas de juro de novas operações de depósitos de sociedades não financeiras desceu 13 pontos base num mês fixando-se nos 0,18%. Quantos aos depósitos de particulares, a descida foi menos intensa (6 pontos base). Neste caso, a taxa de juro médio foi de 0,43%, o que se traduz numa taxa líquida (após IRS) de 0,31% um valor que fica abaixo dos 0,4% de taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor.

Apesar da descida registada, o Banco de Portugal apurou que:

“(…) os depósitos de particulares junto dos bancos residentes aumentaram, em fevereiro, 291 milhões de euros, totalizando 138,6 mil milhões de euros no final do mês. Este aumento refletiu-se numa tva de 4,8%, a mais elevada desde julho de 2012, prosseguindo a tendência de crescimento que se observa desde o primeiro trimestre de 2015”

Quanto as taxas de juro de novas operações de empréstimos, a taxa de juro média para crédito concedido a sociedades não financeiras desceu 14 pontos base, fixando-se nos 3,45%. Em relação aos particulares, registou-se uma quase estagnação da taxa média quando o destino foi financiar habitação (2,05% em fevereiro e 2,05% em janeiro) e uma descida da taxa de juro média no crédito ao consumo de 9 pontos base, tendo-se fixado nos  7,66%: a um novo mínimo histórico.

Em termos de volumes, fevereiro revelou uma contração do crédito concedido quer junto de sociedades não financeiras, quer junto de particulares (em  -2,6% e -2,4% respetivamente).

Taxa média de novos depósitos a prazo continua em queda

Segundo dados do Banco Central Europeu relativos a setembro de 2015 a taxa média de novos depósitos a prazo para famílias e empresas não financeiras continua em queda em Portugal. Em setembro de 2015, a taxa média de novos depósitos fixou-se nos 0,47% tendo descido dos 0,56% registados no mês anterior. Quando comparada com a taxa de juro média cobrada pelos bancos nos novos empréstimos às empresas, constata-se que o spread foi de 3,18%, um valor muito elevado em termos médios na Zona Euro.

Sendo certo que a taxa média de novos depósitos a prazo continua em queda, a comparação internacional tem mais que se lhe diga. Destaque-se que contrariamente ao que sucede com as taxas de juro dos novos empréstimos onde as taxas médias em Portugal são substancialmente mais caras pelos os credores do que em Espanha ou do que na Alemanha, ao nível dos depósitos a prazo essas diferenças ou não existem (Espanha) ou são muito menores (face a Alemanha). No mesmo mês de setembro as taxas de juro médias de novos depósitos a prazo foram de 0,45% em Espanha e de 0,75% na Alemanha.

Taxa média de depósitos a prazo continua em queda

Taxa média de depósitos a prazo continua em queda Fonte: BCE

Por outro lado, nestes países os spreads entre taxas de juro ativas (empréstimos) e taxas de juro passivas (depósitos) foram de 2,15 pontos percentuais (p.p.) e de 1,02 p.p. respetivamente, em vez dos 3,18 p.p. registados em Portugal. A banca nacional está claramente a procurar resolver os seus problemas também por via de um margem entre depósitos e empréstimos muito superior à praticada pelos seus concorrentes noutro países.

Não deixe de identificar quais os depósitos a prazo que se destacam pelo positiva face aos valores médios registados em setembro consultando a nossa base de dados com os Melhores Depósitos a Prazo.

Taxa de juro de novos depósitos a prazo a mais de um ano junho 2015

Segundo dados do Banco Central Europeu (BCE) a Taxa de juro de novos depósitos a prazo a mais de um ano fixou-se nos 0,62%  em junho de 2015. Este valor revela uma ligeira diminuição (de 0,1 pontos percentuais – p.p.) face ao mês anterior. Tal como em meses anteriores, esta taxa média é ligeiramente superior à praticada em Espanha (0,53%) nosso principal parceiro comercial.

Quando comparada com a taxa de juro de novos empréstimos verifica-se que o diferencial continua a ser muito significativo. A margem dos bancos entre a taxa que cobram e a taxa que pagam fixou-se nos 2,97 p.p. no mês de junho, um spread significativamente superior ao praticado em Espanha: 2,13 p.p.

 

Taxa de juro de novos depósitos a prazo a mais de um ano

Qual a taxa de juro de novos depósitos a prazo a mais de um ano? No Melhores Depósitos a Prazo, além de atualizarmos regulamente uma base de dados com mais de 200 depósitos a prazo colocados o mercado por mais de 20 bancos a operar em Portugal também atualziamos com regularidade páginas resumo com os destaques dos depósitos a três meses, a seis meses, a um ano e a dois ou mais anos. Todas estão disponívens no menu horizontal deste sítio. Aqui pode visitar a informação mais recente relativa aos depósitos a um ano hierarquizados.

 

Poupança e depósitos

Taxa de juro média dos depósitos a prazo subiu em abril

A taxa de juro média dos depósitos a prazo subiu em abril de 2014, isto para o depósitos com prazos superiores a um ano. Em março essa taxa havia sido de 1,74% (ver “Novos depósitos com taxa média de 1,74% em março de 2014“) e em abril subiu 0,8 ponto percentuais (p.p.) para 1,82%.  Sublinhe-se que esta taxa média resultada da taxa de juro de novos depósitos com prazo superior a 1 ano e abrange os empréstimos bancários de instituições financeiras a operar em Portugal captados junto de empresas não financeiras e de particulares.

Em abril, destaca-se também uma diminuição do diferencial entre a taxa média de juro nos novos depósitos e nos novos empréstimos que se fixou nos 3,44 p.p. (fora de 3,62 p.p.em março de 2014).

Para maiores detalhes e comparações pode aceder à base de dados do Banco Central Europeu hoje atualizada com a informação aqui referida, entre outros.

Em breve atualizaremos a nossa base de dados com as taxas praticadas em cerca de 300 depósitos a prazo mas pode desde já fazer as suas comaprações com base na última atualização completada em maio. Há vários depósitos a remunerar acima da média aqui referida para prazos acima do um ano (ou abaixo).

Poupar

Novos depósitos com taxa média de 1,74% em março de 2014

Progressivamente as taxas de juro dos novos depósitos a prazo às empresas não financeiras e às familias (superiores a um ano) têm vindo as diminuir. Em março de 2014 fixaram-se em 1,74% descendo duas décimas de ponto percentual (p.p.) face a fevereiro.

Comparando com as taxas de juro exigidas em novos empréstimos contraidos pelas empresas não financeiras e pelas famílias revela-se um dos maiores diferenciais da União Europeia. Em Portugal esse diferencial é de 3,62 p.p. quando na Espanha é de apenas 2,23 p.p. e na Itália não chega a metade (1,57 p.p.).

Dados do Banco de Portugal e do BCE. Com base em análise do GEE.