Conforme seria de esperar a taxa de juro dos certificados de aforro caiu novamente, fixando-se nos 3,07%. Quem quiser subscrever certificados de aforro em outubro de 2014 receberá durante o primeiro trimestre de subscrição uma taxa anualizada bruta de 3,07%, qualquer coisa como 2,21% líquidos de impostos. Esta descida surge alinhada com a evolução dos últimos meses (3,174% em agosto, 3,16% em setembro só para citar os mais recentes) e justifica-se exclusivamente pela queda da euribor a 3 meses que, sendo a única componente variável que integra a fõrmula de cálculo, ao estar nos níveis mínimos históricos está a “encostar” a remuneração dos cerificados ao prémio fixo garantido pelo governo, pelo menos até ao final de 2016: um prémio de 2,75%.
Por outras palavras, a menos que a euribor a 3 meses registe valores engativos (o que não sendo impossível ainda é improvável) até dezembro de 2016 a taxa dos certificados de aforro deverá manter-se, na pior das hipóteses, ligeiramente acima dos 2,75%.
Quanto aos certificados do tesouro poupança (CTPM) mais, o IGCP optou por manter as taxas que se encontram em vigor desde o seu lançamento há cerca de um ano. Não se sabe exatamente até quando dado que os objetivos iniciais de captação de poupança juntos dos aforradores particulares já deverão ter sido atingidos. Além do cumprimento do objetivo, as taxas de juro nos mercados internacionais para dívida pública portuguesa 5 anos (grosso modo comparáveis à maturidade associada a um CTPM) têm estado nos últimso meses a um nível mais económico (para a média do período ) do que os CTPM.
Por exemplo, no início de outubro a yield da dívida pública portuguesa a 5 anos em mercado secundário rondava os 1,66%, claramente abaixo dos cerca de 3% TANL expectáveis como remuneração média dos CTPM. Ainda assim note-se que no primeiro ano, os CTPM apenas pagam 1,98% líquidos de impostos, pelo que, no curto, prazo, implicam um custo anual menor em juros de que novas emissões de obrigações a 5 anos.