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BBVA corrige FIN e já não tem depósito com taxas negativas

Lembra-se do artigo “Deixar renovar automaticamente um depósito a prazo pode sair-lhe muito caro – saiba porquê“? Nele se mostrava uma cópia da Ficha de Informação Normalizado de um depósito a prazo do BBVA na qual se descrevia uma situação que inevitavelmente levaria o depositante que deixa-se o seu depósito renovar-se automaticamente a ficar com um novo depósito com uma taxa de juro negativa, ou seja, no qual no final do prazo teria de pagar um juro ao banco.

Entretanto, como surge documentado no sítio Economia e Finanças, essa FIN foi alterada e o cenário é agora diferente. Leia “Depósitos a Prazo com taxa negativa são ilegais em Portugal

Depósitos a prazo em Portugal

A nota de euro mais falsificada em Portugal em 2014 foi…

A nota de euro mais falsificada em Portugal em 2014 foi a nota de €20, representando cerca de 51% do total de falsificações encontradas. Em 2013, a nota de €50 havia sido, destacada, a mais popular entre os falsificadores, ou pelo menos, entre as notas apreendidas. Estes números são do Banco de Portugal (BdP) que divulgou recentemente sobre o combate à contrafação.

Segundo o BdP a preferência pela nota de €20 corresponde a tendência global na zona euro. Sobre 2014,  anuncia-se que a contrafação avaliada pelo volume de notas apreendidas (9250 notas) registou uma forte quebra face ao ano anterior (-39%). Ao todo foi contrafeito e apreendido um total equivalente a €326.635.

Ainda atendendo à informação divulgada pelo BdP, em Portugal, foram apreendidas o equivalente a 1,1% do total de notas detetadas na zona euro.

O Banco de Portugal disponibiliza informação online par auxiliar na identificação de dinheiro contrafeito.

Eis o ranking de notas de euro mais apreendidas em Portugal em 2014:

2014
Denominação Total Notas Total Valor €
Eur 20 4755 95100
Eur 50 2888 144400
Eur 10 946 9460
Eur 100 477 47700
Eur 200 83 16600
Eur 5 75 375
Eur 500 26 13000
Total 9250 326635
Banco de Portugal

Depósitos indexados e duais em 2013

Depois de termos destacado Os depósitos em Portugal em 2013 segundo o Banco de Portugal a propósito da divulgação do 2º Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho  acrescentamos a referência a uma outra secção do referido relatório que também tem cabimento nesta página. Referimo-nos aos Depósitos indexados e duais em 2013, uma área dos depósitos que, segundo o Banco de Portugal registou uma evolução francamente positiva em 2013. Contudo os resultados para os aforradores foram, em média, significativamente diferentes comparando depósitos indexados com duais em claro desfavor no caso dos indexados. Eis os destaques a este tema feitos pelos Banco de Portugal (com sublinhados nossos):

Depósitos indexados e duais

  • Em 2013, o mercado dos depósitos indexados e duais cresceu de forma muito significativa. Entraram no mercado mais instituições de crédito a comercializar este tipo de depósitos: 11 instituições em 2013, o que compara com sete instituições em 2012. E foram comercializados mais depósitos: 149 depósitos em 2013 o que compara com 61 depósitos em 2012.

  • No final de 2013, o montante aplicado nestes depósitos totalizava cerca de 4 mil milhões de euros, o dobro do registado no final de 2012. A maioria destes depósitos são depósitos indexados, subscritos por clientes particulares e com remuneração dependente da evolução do mercado acionista.

  • Dos 43 depósitos indexados vencidos em 2013, 23 pagaram a remuneração mínima garantida no prospeto informativo, a qual em 10 dos casos correspondeu a uma remuneração nula. Em 14 depósitos foi paga a remuneração máxima potencial indicada no respetivo prospeto informativo. Nos restantes seis, a remuneração ficou entre a mínima e a máxima.

  • As taxas de remuneração de 17 dos 43 depósitos indexados vencidos foram superiores à taxa de juro dos depósitos a prazo simples na mesma instituição de crédito, para o mesmo prazo. Nos restantes 26 depósitos, as taxas de remuneração foram inferiores àquelas taxas. Na comparação com as taxas de referência do mercado interbancário, verifica-se que houve 24 depósitos com taxas de remuneração superiores a estas taxas e 19 com taxas de remuneração inferiores.

  • As remunerações das 23 componentes dos depósitos duais vencidas em 2013 ficaram sempre acima das taxas de referência do mercado interbancário e, exceto nos depósitos com prazo de até um mês, foram também superiores à taxa de juro dos depósitos simples na mesma instituição para um prazo idêntico.

Para recuperar os conceitos base deixamos aqui as ligações para dois artigos:

Depósitos

Os depósitos em Portugal em 2013 segundo o Banco de Portugal

Através do Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2013 apresenta-se um conjunto de análises e estatísticas sobre os depósitos em Portugal em 2013 segundo o Banco de Portugal. Segundo o regulador e supervisor do sector bancário, neste relatório apresenta-se a evolução em 2013 dos “mercados dos depósitos a prazo simples, dos depósitos indexados e duais, do crédito à habitação e do crédito aos consumidores.

Sobre o tema que nos é mais caro no “Melhores Depósitos a Prazo” destacamos as conclusões do Banco de Portugal sobre os depósitos a prazo simples (sublinhados nossos):

Depósitos a prazo simples

  • Em 2013, verificou-se uma maior padronização da oferta de depósitos a prazo simples, passando os depósitos comercializados a apresentar características menos diversificadas. Os depósitos apresentaram também condições mais flexíveis, nomeadamente em termos de montantes mínimos de constituição e de condições de mobilização antecipada. Tornou-se mais fácil constituir um depósito com um montante mínimo mais baixo (até 150 euros) e aumentou a percentagem de depósitos em que é permitido ao cliente bancário mobilizar antecipadamente os fundos depositados.

  • As instituições continuaram também a comercializar depósitos destinados a determinados grupos de clientes (por exemplo, emigrantes, reformados e seniores). Em diversos casos, os depósitos são comercializados em conjunto com outros produtos ou serviços bancários, no âmbito das designadas vendas associadas facultativas.

  • No mercado dos depósitos a prazo simples, que continua a ser um mercado maioritariamente a taxa de juro fixa, aumentou a importância relativa dos depósitos com prazos de vencimento até um ano.

  • A oferta mais padronizada e mais flexível de depósitos a prazo simples verifica-se em simultâneo com a descida das taxas de juro praticadas pelas instituições nestes depósitos para todos os prazos. A diminuição das taxas de juro médias praticadas entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013 traduziu-se num decréscimo dos diferenciais dessas taxas relativamente às taxas de referência dos mercados interbancários.

Note-se que o Banco de Portugal se refere a um aumento da oferta de depósitos até um ano por oposição a uma redução de depósitos mais longos, contudo, da nossa análise recente a dados divulgados pelo próprio Banco de Portugal verificamos que, em termos de procura, os depósitos a 2 e mais anos têm sido cada vez mais procurados pelos clientes. Recorde aqui o artigo “Particulares reforçam depósitos a mais de dois anos“. E ainda a informação mais recente sobre os depósitos em oferta em julho de 2014.

Depósitos por prazos até novembro de 2013

Gráfico: quais os prazos preferidos para depósitos em Portugal em 2013?

Quais os prazos preferidos para depósitos em Portugal ? Esta é certamente uma pergunta co mresposta dinâmcia. No caso, apresentamos a resposta possível considerando a informação disponível até ao ano de 2013. Contudo, como dissemos, uma alteração na curva de taxas de juro pode perfeitamente alterar significativamente este panorama.

Seleccionámos três dos intervalos temporais das estatísticas de depósitos a prazo divulgadas pelo Banco de Portugal e, considerando apenas depósitos de particulares (incluem emigrantes) em instituições financeiras a operar em Portugal, chegámos a este gráfico que contem dados até novembro de 2013 e que representa a estrutura de preferências (soma 100% em cada mês).

 

Mas então quais são os prazos preferidos para depósitos em Portugal ?

Como se pode constatar a hegemonia dos depósitos até um ano, bem patente atéfinais de 2008, inícios de 2009, começou a ser questionada pela opção por depósitos a mais de dosi anos que, no final de 2013, praticamente haviam equilibrado a relação em temros de preferências por parte dos aforradores. Entre os depósitos de 1 a 2 anos, tem-se registado alguma recuperação, ainda que pareçam ter estabilizado nos meses finais da série temporal estudada.

Juntando-o à análise do artigo anterior (ver “Depósitos de particulares aceleram ritmo de crescimento“) onde se referem as taxas de juro creio que resta pouco por dizer.

Depósitos por prazos até novembro de 2013

Recorde em julho 2013: nunca os particulares tiveram tanto dinheiro depositado

O número redondo hoje divulgado pelo Banco de Portugal é este €133.042 milhões. É o valor mais elevado de sempre  colcoado por particulares em depósitos bancários. As empresas também aumetnaram os depósitos em julho face a junho mas relativamente ao mesmo mês de 2012 os €27.835 estão aidna cerca de dois mil milhões abaixo.

Quanto aos particulares sublinhamos que se reforça a tendência já aqui identificada em artigo anterior (ver “Depósitos a mais de 2 anos com peso recorde no total de depósitos de particulares“), de aumento do peso dos depósitos a mais de dois anos, igualmente em máximos históricos, representam já 29,6% dos depósitos totais (valem €39.400 milhões)

Banco de Portugal

Cerca de metade dos depósitos a prazo pode ser subscrita com menos de €1.000

É um facto: cerca de metade dos depósitos a prazo pode ser subscrita com menos de €1.000. Para os nossos leitores que querem conhecer com maior detalhe a “indústriados depósitos a prazo” recomendamos a leitura das primeiras páginas no novíssimo Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho. Por ficamos a saber que há 365 depósitos a prazo de taxa fixa disponíveis no mercado português (dados de maio de 2013) e que a oferta tem vindo a diminuir face a anos anteriores, simplificando-se.Por outro lado ,ficamos a saber que cerca de metade dos depósitos a prazo pode ser subscrita com menos de €1.000.

Há também informação sobre os riscos dos depósitos a prazo, informação sobre as contas poupança, sobre os depósitos duaus e indexados e ainda informação sobre o crédito à habitação e o crédito ao consumo.

Provavelmente voltaremos a este públicação nos próximos dias, detalhando alguma da informação aí divulgada.

Este relatório é o primeiro do género e é um sub-produto das tarefas de supervisão comportamental do banco central. Nas palavras do banco:

“(…) A análise apresentada neste relatório de acompanhamento baseia-se em informação recolhida pelo Banco no exercício das suas funções de supervisão comportamental, nomeadamente nos reportes específicos das instituições de crédito e nos respetivos sítios na Internet.

Os depósitos a prazo simples são caracterizados a partir das Fichas de Informação Normalizada (FIN), disponibilizadas pelas instituições de crédito nos seus sítios da Internet. Nos restantes capítulos, a análise baseia-se nos reportes de informação sobre depósitos indexados e duais, crédito à habitação e crédito aos consumidores implementados para cumprimento de obrigações legais de fiscalização atribuídas ao Banco de Portugal.”

Depósitos a mais de 2 anos com peso recorde no total de depósitos de particulares

É um facto: depósitos a mais de 2 anos com peso recorde no total de depósitos de particulares. Os dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal revelam que os depósitos a prazo a mais de dois ano representaram, em junho de 2013, 29,5% do montante total de depósitos a prazo constituidos por particulares existentes na banca nacional.

Esta percentagem é a mais elevada desde o início da série divulgada pelo Banco de Portugal, ou seja, desde outubro de 1989.

O valor agora apurado foi de €39.031 milhões, mais 5,7% que em mês homólogo e mais 0,8% do que em maio de 2013.

Recorde-se que é para estes prazos que se encontram alguns dos depósitos com as melhores taxas de juro do momento conforme pode constatar na nossa folha especializada em depósitos a prazo (consulte o ficheiro com 320 depósitos diferentes) ou na página dedicada a depósitos a dois e mais anos.

Em contrapartida, os depósitos até um ano têm vindo a perder aforradores, desde que registaram um máximo histórico em dezembro de 2008, no auge da incerteza provocada pela crise financeira internacional.

Recorde-se ainda que em junho, o montante total de depósitos aumentou ligeiramente entre os particulares tendo diminuído entre as empresas. Em baixo apresenta-se o gráfico com as séries cronológicas dos montantes colocados em depósitos  por particulares para os intervalos de maturidade divulgados pelo Banco de Portugal.

Bons negócios!

Depósitos outubro de 1989 a junho de 2013

Depósitos outubro de 1989 a junho de 2013