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Os depósitos a prazo a um ano conseguem compensar a perda de valor imposta pela inflação?

Com a inflação a iniciar o ano de 2018 a desacelerar (veja “Inflação começa o ano 2018 em queda“) e com a queda das taxas de juro dos depósitos a prazo igualmente muito menos intensa, faz sentido avaliar até que ponto os depósitos a prazo, tipicamente considerados para colocar uma fração da poupança que se quer manter longe de altos riscos, conseguem cumprir com a função de eliminar ou mitigar o efeito de perda de poder de comprar imposto pela inflação e pelo passar do tempo. Neste artigo vamos concentrar-nos nos depósitos a prazo a um ano que venham a ser subscritos por estes dias do nao de 2018.

ADENDA 1MAR2018: Entretanto a inflação desacelerou mais em fevereiro “Inflação cai para cerca de um terço em dois meses – Fevereiro de 2018” 

 

Depósitos a prazo a um ano conseguem compensar a perda de valor imposta pela inflação?

Tomando por referência a taxa de inflação homólogoa registado em janeiro de 2018, apenas um depósito a prazo a um ano, disponível no mercado português, consegue garantir uma taxa de juro líquida de impostos que manterá o poder de compra do investimento caso durante esse ano a taxa média anual de inflação ficasse nos 1,1%: o Depósito Choice para Novos Montantes do Banco Invest que, tal como o nome indica, só se aplica a novos montantes colocados junto deste banco. Outra condição adicional para se pode subscrever este depósitos é garantir um depósito mínimo de €2000 (e máximo de €75.000). O Banco Invest paga 1,5% de TANB para este depósito que oferece para prazos de 3 meses, 6 meses e um ano; traduz-se numa TANL de 1,08%.

Restringindo a análise a depósitos que não são promocionais nem exigem novos montantes identificámos oito depósitos com taxa de juro acima dos 0,5% de TANB e ainda um outro produto de risco comparável, os certificados do tesouro se mantidos durante um ano.

Os certificados do tesouro, a um ano, pagam 0,75% de TANB. Não é de facto neste prazo que se tornam num produto extremamente competitivo mas, mesmo assim, surgem na sétima posição dos melhores depósitos a prazo não promocionais a um ano.

O topo da tabela é ocupado pelo BNI Europa que oferece uma TANB de 1,1% exigindo um depósito mínimo de apenas €1.000.

De seguida apresentamos um excerto com este TOP 9 (depósitos a um ano com taxas superiores a 0,5%) e convidamos os nosso leitores a consultarem o nosso comparativo com mais de 200 depósitos a prazo para vários prazos e condições.

 

Banco Nome do Depósito TANB TANL Tipo de Taxa Depósito Mínimo Depósito Máximo
BNI Europa 12 Meses 1,1 0,792 Fixa 1.000 N/A
Banco Privado Atlântico – Europa Rendimento Mensal 1 0,720 Juros mensais 10.000 250.000
Banco Privado Atlântico – Europa 12 Meses 1 0,720 Fixa 500 250.000
Invest Super Depósito Crescente 1 0,720 Crescente (Trimestral) 2000 500000
Invest Depósitos a Prazo 1 0,720 Fixa 20000 74999
Invest Depósitos a Prazo 0,9 0,648 Fixa 2000 19999
ESTADO – IGCP Certificados do Tesouro Poupança Crescimento 0,75 0,540 Fixa 1.000 1.000.000
ActivoBank Poupança Start 0,6 0,432 Depende de condições 3.000 45.000
EuroBic Sénior 0,55 0,396 Fixa 25.000 100.000

 

Em suma, os depósitos a prazo não estão propriamente entre as opções de investimento mais atraentes mas, uma boa escolha, permitirá que esta forma de investimento maximize o retorno para a fatia de poupança que o investidor não quer colocar nem em risco, nem a render os zero por cento garantidos pela opção de guardar no colchão.

Conheça os certificados de aforro série E

Conheça os certificados de aforro série E

Depois de terem sido criados os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) que vieram substituir os Certificados do Tesouro Poupança Mais, o IGCP encerra série D dos Certificados de Aforro e lança a série E.

Conheça os certificados de aforro série E

O que distingue as série D da série E? A principal distinção será o facto de deixar de ser autorizada a existência de um movimentador da conta, além do seu titular. Essa possibilidade sempre existiu nas anteriores séries dos certificados de aforro, mas foi eliminada segundo aviso do IGCP de 7 de novembro de 2017, já divulgado após a versão inicial deste artigo ter sido escrita.

Na prática, as condições de subscrição e mobilização dos certificados de aforro são harmonizadas com as dos certificados do tesouro.

Além disto muda muito pouco.  Na realidade, as restantes características das duas séries mantêm-se, das taxas de juro à duração (10 anos), passando pelos juros capitalizáveis ou pelo mínimo de subscrição (100 unidades totalizando um investimento mínimo de €100).

Uma outra diferença prende-se com o fim do título em papel que era entregue aos aforradores após a subscrição dos certificados de aforro e com os locais onde os certificados de aforro podem ser subscritos.

Quanto aos aspetos formais, o IGCP indica o seguinte:

“Por forma a agilizar o processo de subscrição e reembolso, os certificados de aforro da «série E» adotam por um lado a forma de valores escriturais nominativos, o que torna desnecessária a emissão de títulos físicos, e por outro a designação de um movimentador para a subscrição.”

Quanto aos locais de subscrição e resgaste em tempo real, as alterações referem-se ao alargamento das opções pois os certificados de aforro (e também os certificados do tesouro) vão poder ser subscritos nos Espaços do Cidadão espalhados por todo o país. Para já apenas em alguns como pode ser constatado nesta lista.

Mantém-se ainda como opção os locais até aqui habituais para a subscrição e resgate, ou seja, através do AforroNet, nas lojas dos CTT — Correios de Portugal, S. A., ou, como dissemos, em algumas das lojas da rede de Espaços Cidadão.

Conheça os certificados de aforro série E

Conheça os certificados de aforro série E e os locais adicionais de subscrição.

 

Pode conhecer todos os detalhes sobre os certificado de aforro série E consultando a  Portaria 329-A/2017 

Bons negócios!

Certificados de Aforro: Prémios nas séries históricas prolongados até 31 de março 2017

Se nada fosse feito, o prémio de 2,75 pontos percentuais que acresce à taxa de juro da série C dos Certificados de Aforro (encerrada a novas subscrições em 2015) e o  prémio de 1 ponto percentual que acresce à série B (encerrada a novas subscrições há mais tempo) extinguiam-se a 31 de dezembro de 2016 o que produziria uma queda drástica da taxa de juro global de cada uma desta séries condenado-as ao estatuto de produto financeiro desinteressante. Verdade de seja dita que com os atuais prémios, os certificados de aforro das séries B e C são dos produtos mais atraentes para o seu nível de risco. Contudo, com a alteração passariam do 80 para o 8 rapidamente.

 

Certificados de Aforro: Prémios nas séries históricas prolongados até 31 de março 2017

Na realidade, os referidos prémios virão a sua permanência assegurada, pelo menos por mais três meses. Em comunicado publicado no seu portal – como faz habitualmente em cada mês – o IGCP além de informar sobre a taxa de juro em vigor para a série de certificados de aforo em subscrição para o mês que se segue (será de 0,6855 em janeiro de 2017) acrescentou a seguinte indicação:

“(…) As condições de remuneração, concretamente no que se refere ao prémio de 1% para a Série B e de 2,75% para a Série C, conforme a Portaria 268-C/2012 (série B) e  Portaria 268-D/2012 (série C) manter-se-ão para as capitalizações que ocorrerem até 31 de março de 2017. (…)”

Certificados de Aforro Prémios nas séries históricas prolongados até 31 de março 2017

Certificados de Aforro Prémios nas séries históricas prolongados até 31 de março 2017

Na prática, fica tudo como tem vigorado desde 2012 mas fica também a suspeita de que a situação irá ser revista em breve pois só assim se justifica uma renovação das regras por tão curto prazo. É natural que o IGCP venha a reformular esta oferta que será presentemente mais onerosa do que outras alternativas de emissão de dívida junto dos particulares como sejam os certificados de aforro atuais, os certificados do tesouro e as obrigações do tesouro de taxa variável. Sublinhe-se que estes prémios forma acrescentados após a criação de cada uma destas séries de certificados de aforro e desde sempre foram apresentados como tendo um prazo de fim pelo que, ao contrário do que chegou a suceder no passado em que o IGCP/Ministério das Finanças alterou unilateralmente as regras do jogo sem aviso prévio e minando a confiança nos produtos da poupança do Estado, neste caso, não estamos perante uma situação comparável.

 

Mais informação:

Logo que haja mais novidades sobre o tema daremos dela nota, recordando ainda que os certificados do tesouro serão neste momento o produto mais interessante e que os certificados de aforro da série C acabarão por desaparecer naturalmente pois têm um prazo/maturidade de 10 anos.

 

Dívida Pública em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro

Qual o volume de dívida pública em certificados de aforro e certificados do tesouro? Como tem evoluído ao longo dos anos? Qual o peso relativo desta forma de emissão de dívida na dívida total bruta?

Estas são algumas perguntas a que procuramos responder usando a série cronológica entre julho de 2010 e maio de 2016. Note-se que usámos julho de 2010 como momento de início por coincidir com a criação dos certificado de tesouro.

 

Dívida Pública em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro

Em termos de volume nunca houve tanto dinheiro emitido em dívida pública sob a forma de certificados de aforro e de tesouro: em maio de 2016 somava €22.324 milhões. Nesse mesmo mês havia €12.904 milhões de dívida sob a forma de certificados de aforro e €9.420 milhões de certificados do tesouro.

Estes valores representam o máximo histórico em certificados do tesouro mas não de certificados de aforro que precisamente no primeiro mês da série que analisámos ultrapassavam os €16 mil milhões.

 

Como tem evoluído a dívida em certificados de aforro e do tesouro ao longo dos anos?

O total de dívida pública bruta emitido através de certificados de aforro e de certificados do tesouro já foi mais significativo do que atualmente. Não indo mais longe, em julho de 2010 representava 11,3% do total. Nos anos seguintes o seu peso relativo passou para menos de metade atingindo o mínimo histórico em maio do ano de 2013 com um peso de 5,3%. Sendo esta dívida detida essencialmente por residentes e sendo muito expressiva no universo da dívida bruta total detida por entidades residentes, o peso da dívida pública em mãos nacionais acompanhou assim a evolução deste indicador. Contudo, desde o registo mínimo iniciou-se uma tendência praticamente ininterrupta de recuperação de relevância, potenciada especialmente pela popularidade dos certificados de tesouro  que registaram crescimentos intenso, primeiro até ao início de 2015 e acelerando novamente em 2016.

Em maio de 2016 a dívida expressa em certificados de aforro  e certificados de tesouro representa 9,6% do total da dívida pública bruta, o valor mais alto desde maio de 2011.

A expectativa é de que, enquanto não forem revistas em baixa as condições de remuneração dos certificados do tesouro poupança mais, estes consigam continuar a captar algumas centenas de milhões de euros líquidos por mês, mais do que compensando, os resgates e a maturação dos primeiros títulos emitidos em 2010 e 2011 (maturidade de cinco anos).

Os certificados de aforro têm registado um crescimento marginal desde 2015.

 

Dívida Pública em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro

Dívida Pública em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro

=> Pode descarregar o ficheiro em excel aqui: Dívida Pública em Certificados de Aforro e do Tesouro

Note-se que em 2016 efetuou-se a primeira emissão de OTRV (Obrigações do Tesouro Rendimento Variável) que captaram €750 milhões e que, por terem isso colocadas no retalho junto de bancos a operar em Portugal, também terão, muito provavelmente, uma elevada taxa de colocação junto de residentes, o que terá aumentado o peso relativo da dívida colocada junto de residentes face à dívida bruta de total que estará a aumentar a um ritmo mais lento.

 

Mais informação:

Pode encontrar mais informação e provavelmente mais recente em certificados do tesouro e em certificados de aforro.

Taxa dos certificados volta a ter queda significativa em dezembro de 2015

A taxa dos certificados de aforro volta a ter queda significativa em dezembro de 2015 fixando-se nos 0,907%. Recorde-se que há apenas três meses era de 0,971% tendo desde então caído para 0,962% em outubro e para 0,944% em novembro. O retorno líquido para o aforrado corresponderá sensivelmente a 72% do valores destas taxas ou seja ao valor depois de se descontar a taxa de IRS de 28%.

Nos certificados do tesouro poupança mais não se registaram alterações na estrutura de remuneração.

O IGCP informa ainda que:

“Para os Certificados de Aforro das restantes séries, a taxa para as capitalizações que ocorrerem em dezembro é de 2,921% para a série C, de 3% para a Série B e de 2% para a Série A.

As condições de remuneração,  concretamente no que se refere ao prémio de 1% para a Série B e de 2,75% para a Série C, mantêm-se inalteradas até dezembro de 2016, conforme a Portaria 268-C/2012 (série B) e  Portaria 268-D/2012 (série C).”

Certificados de Aforro e do TesouroNote-se que na base de dados de depósitos a prazo em oferta atualizada no final de novembro de 2015, identificámos 92 depósitos que remuneram a uma taxa superior à taxa dos certificados, ou seja, superiores ao valor de 0,907%, referindo-se a depósitos para vários prazos e condições, uma parte significativa dele restringidos a novos clientes ou a novos capitais dirigidos aos respetivos bancos.

Juro dos Certificados de Aforro continua a cair

 A taxa de juro dos certificados de aforro continua a cair em virtude da sua indexação à evolução da taxa euribor a três meses. No mês de outubro de 2015, as novas subscrições de certificados de aforro e os títulos que iniciam um novo trimestre de rendimento no mesmo mês serão remunerados à taxa de 0,962% TANB durante os próximos três meses.

Note-se que a taxa acima referida é inferior à praticada em setembro (0,971%) prolongando a tendência descendente que se vem registado há vários meses.

Quanto ao certificados do tesouro poupança mais, manterão a remuneração fixada desde fevereiro de 2015.

Note-se que, em breve, deverão ser disponibilizadas as “Obrigações do Tesouro Rendimento Variável (OTRV)” anunciadas publicamente no último conselho de ministros de setembro de 2015. Há ainda vários detalhes por conhecer sobre este novo produto, mas sabe-se que poderá ser adquirido por particulares e terá como referencial as obrigações do tesouro a cinco e 10 anos.

Certificados de Aforro e do Tesouro

Para já sabe-se que as OTRV pagarão “uma taxa variável indexada ao rendimento associada às obrigações do Tesouro acrescidas de um pequeno prémio, dependendo das condições do mercado” esperando-se que os custos de transação sejam inferiores aos praticados no mercado.

Mais de €2 mil milhões em certificados do tesouro em 2015

Entre janeiro e agosto o Estado conseguiu arrecadar mais de €2 mil milhões em certificados do tesouro em 2015.

Segundo os dados mais recentes divulgados no boletim estatístico do Banco de Portugal, o fluxo líquido dos certificados de aforro poupança mais somava o valor acumulado durante 2015 de €2.170,5 milhões, tendo arrecadado mais de €164,2 milhões só no mês de julho, o valor mais elevado desde o recorde de janeiro de que aqui demos nota (em antecipação à revisão em baixa das taxas). A estes valores somam-se, em igual período de 2015, os € 590,4 milhões líquidos em certificados de aforro.

Ao todo, nos primeiros sete meses de 2015, o Estado já captou €2760,9 milhões em certificados para se financiar, um valor que compara com €2992,8 em igual período no ano anterior.

Note-se que apesar da maior popularidade dos certificados do tesouro poupança mais, estes representam 36% do total arrecadado em certificados com a maior parte a ser composta ainda por certificados de aforro. Ao todo, em agosto de 2015, o Estado tinha uma dívida de € 19.950,0 aos seus aforradores de certificados. Pode consultar estes dados e outros relativos ao Boletim Estatístico do Banco de Portugal aqui.

Mais de €2 mil milhões em certificados do tesouro em 2015

Mais de €2 mil milhões em certificados do tesouro em 2015

Novos certificados de aforro pagam 0,971% em setembro 2015

Os novos certificados de aforro pagam 0,971% de TANB em setembro 2015. Ocorre assim nova descida da taxa de remuneração em linha com a descida continuada da euribor a 3 meses. Note-se que em agosto, a taxa de juro dos certificados de aforro havia sido de 0,981%. A expectativa é que esta tendência se prolongo durante vários meses podendo estender-se até por alguns anos.

Quem tem certificados de aforro de séries mais antigas que se renovam em setembro de 2015 terá as seguintes taxas para o trimestre que agora se inicia:

  • Série C: 2,975%;
  • Série B: 3%;
  • Série A: 2%.

Nos certificado de tesouro poupança mais não houve alterações em setembro de 2015, ou seja, mantêm a seguinte estrutura de pagamentos (taxa bruta dos certificados subscritos aos abrigo  do  Despacho 1036-C/2015 de 30 de janeiro):

  • 1.º ano – 1,25%
  • 2.º ano – 1,75%
  • 3.º ano – 2,25%
  • 4.º ano – 2,75%
  • 5.º ano – 3,25%.

Compare estas taxas de remuneração com depósitos a prazo com maturidades comparáveis a 1, 2,3, 4, ou 5 anos explorando a nossa base de dados em excel onde compilamos informação regularmente atualizada sobre cerca de três centenas de depósitos a prazo em oferta por parte de instituições financeiras a operar em Portugal: Melhores Depósitos a Prazo.